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terça-feira, 5 de abril de 2011

BRASIL ARQUIPÉLAGO AO CONTINENTE

BRASIL: do arquipélago ao continente

Pode-se relacionar o referido mapa (1890) com o conceito de “meio natural”, que integra a tipologia (O estudo dos elementos similares que constituem uma dada composição arquitetônica.) da sucessão dos meios geográficos no Brasil. Entre o século XVI e o início do XX, é possível destacar que durante séculos o Brasil pode ser comparado a um “arquipélago” ou país desarticulado.
Em síntese pode-se destacar: o povoamento concentrado no litoral e ao longo dos rios; ausência de integração entre as áreas econômicas mais ativas e densamente povoadas, pois estavam isoladas umas das outras, comunicando-se apenas por via marítima; a ocupação econômica até meados do século XX, foi estimulada, principalmente, pela demanda de produtos para o comércio exterior.
O meio natural é evidenciado pelos ciclos econômicos ocorridos no Brasil, como a produção de açúcar no litoral nordestino, a exploração do ouro e de pedras preciosas a partir do século XVIII, responsável pela incorporação de novas regiões à fronteira econômica (os atuais Estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul). O Rio de Janeiro torna-se muito importante no cenário da mineração, devido às necessidades de escoamento e de fiscalização da produção mineral, tornando-se assim a capital da colônia em 1763.
O homem começa a se sobrepor ao império da natureza a partir do momento que o mesmo começa a construir e fazer uso de sistemas técnicos. A vigência desse meio geográfico é composta de vários subperíodos, durante os quais o território brasileiro incorporou máquinas, como telégrafos, ferrovias, portos, de forma seletiva, caracterizando-se esse meio por desigualdades regionais, como pode ser observado no mapa (1940) a seguir.






Associando as modificações ocorridas entre os mapas de 1890 e 1940, é possível salientar o desenvolvimento da economia cafeeira no Sudeste e um novo processo de valorização do território brasileiro, observando a transição entre o meio natural e o técnico.
Nesse período ocorre uma relativa integração do território, uma industrialização intensa em São Paulo e arredores, permitindo que a cidade e o Estado adquirissem papel central na vida econômica do país e a construção de Brasília durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), marco representativo do processo de interiorização do país.
Embora os dados naturais expliquem aspectos das atuais diferenças regionais do território brasileiro, nas últimas décadas o crescente acréscimo de ciência e tecnologia ao território configura-se como o elemento central da diferenciação.
O território brasileiro apresenta novas e significativas transformações como: infraestrutura e integração nacional; diversificação econômica e desconcentração industrial; nova fase de urbanização, onde a urbanização e povoamento que estavam exclusivamente no litoral passam agora para todo o território brasileiro, surgindo novas cidades médias em todo o país.



A

CARTOGRAFIA

TEXTO Nº 01 (complementar)
CARTOGRAFIA

Cartografia, arte e ciência que tem por objeto traçar mapas. A confecção de mapas requeria tradicionalmente: 1) Habilidade para encontrar e selecionar informações sobre os diferentes aspectos da geografia; 2) Técnicas e habilidades de desenho com o objetivo de criar um mapa final capaz de representar com fidelidade as informações; 3) Destreza manual para desenhar as informações através do uso de símbolos, linhas e cores; 4) Técnicas de desenho para simplificar os desenhos.
Existem diferentes tipos de mapas; os topográficos mostram as características naturais ou artificiais da paisagem, os temáticos mostram temas específicos e geralmente se baseiam em um mapa topográfico.
Os mapas também podem ser classificados como de grande e de pequena escala. A distinção entre eles é arbitrária, portanto, alguns países consideram como grande escala a partir de 1:10.000, enquanto outros a consideram a partir de 1:25.000.
Durante cinco séculos, os cartógrafos criaram os mapas em papel. Nos últimos trinta anos, esse procedimento mudou com a introdução dos computadores, que automatizaram as técnicas cartográficas..


TEXTO Nº 02(complementar)
MAPA
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS
ESCALA
Existem várias maneiras de representar o espaço em que vivemos: através de desenhos, fotografias, palavras (descrição) etc. Em Geografia, o meio mais apropriado para reproduzir os elementos do espaço é o mapa. Por isso, vamos estudá-lo. Mapa é a representação dos elementos de um determinado espaço numa superfície plana, como uma folha de papel, por exemplo. Em um mapa, o espaço aparece como se fosse visto de cima. Para fazer um mapa, os elementos do espaço precisam ser reduzidos, isto é, diminuídos, a fim de caberem na folha de papel. Essa redução é feita através de escalas. Para representar os elementos materiais do espaço, são usados símbolos ou sinais. As cores também podem ser usadas como símbolos ou então para diferenciar elementos da paisagem.

CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS

Para facilitar a leitura dos mapas, os cartógrafos - especialistas em fazer mapas - convencionaram, ou seja, combinaram representar cada elemento do espaço sempre com os mesmos símbolos. Por isso, os símbolos dos mapas são chamados de convenções cartográficas.
Para representar os elementos materiais do espaço, são usados diferentes símbolos ou sinais. As cores também são usadas como símbolos ou então para diferenciar elementos da paisagem. Elas são usadas, sobretudo nos mapas físicos. Basicamente são usadas nos mapas as seguintes cores:

1- Branco – Para representar regiões polares ou locais em que a profundidade dos oceanos são de 0 m à 200 metros.
2- Azul e suas tonalidades – Para representar as massas de água existentes no planeta, assim como, as diferentes profundidades oceânicas. Quanto mais escura for a tonalidade do azul
maior será a profundidade. O azul indica também, a presença de correntes marítimas de águas frias.
3- Verde – Serve para representar as áreas de vegetação e regiões planas, aonde a
altitude vai de 0 m à 200 metros em relação ao nível do mar.
4- Amarelo - Indica a presença de áreas de planalto e desertos quentes.
5- Laranja - Indica a presença de planaltos elevados e grandes cadeias de montanhas.
6- Vermelho - Representa os pontos mais elevados, onde se localizam as maiores elevações da superfície da Terra. Indica também, a presença de correntes marítimas de águas quentes.