TEXTO PARA 8ª SÉRIE FUNDAMENTAL 1 BIMESTRE
1. Relações entre espaço geográfico e globalização
Prof. Mario – Geografia – 8ª. Série
A principal forma de expressão da chamada globalização é o
aumento das relações na escala global.
Globalização:
escalas e tecnologias
O que é a globalização? Quais as implicações desse processo em
nosso cotidiano? Há vantagens? Quais? Há problemas? Quais?
O texto de Ralph Linton, na página 3 do caderno do aluno,
permite uma reflexão sobre o significado das relações que se desenvolvem na
escala mundial. Refere-se a uma longa história de trocas culturais entre
diversos grupos sociais e nações. Considerando que as trocas atuais são muito
mais volumosas e aceleradas, até onde terão chegado as influências entre os
povos? Isso não dará condições para perceber-se que, na atualidade, a escala
mundial está bem mais plena de relações? Será que estamos nos transformando em
“cidadãos do mundo”, bem mais do que apenas cidadãos nacionais?
O espaço geográfico é uma construção humana sobre uma superfície
natural transformada, composta por edificações e obras diversas, dispostas para
possibilitar a constante interação dos homens entre si e entre os bens que eles
produzem e os bens naturais. Por tudo isso, o espaço geográfico é parte
integrante da sociedade.
Tendo esse entendimento de espaço geográfico em mente, podemos
retornar à análise do processo de globalização. Teria a globalização uma
dimensão espacial clara na sua constituição? O espaço geográfico transformou-se
para que a globalização, que corresponde ao aumento extraordinário das relações
na escala mundial, pudesse acontecer.
O que percebem da globalização, com situações observadas em seu
cotidiano?
Como o lugar se insere no mundo?
Em um primeiro momento, ficará mais fácil entender como a escala
global se insere no lugar, na escala local. Identificar o global no local é
algo que observamos diariamente: as influências de outros países, de outras
culturas no nosso dia a dia é um exemplo de algo global que se insere no local.
A escala global passa pelo seu lugar, e seu lugar está nesse mundo que está se
construindo.
Na medida em que o global vai se inserindo no lugar e
transformando-o, o lugar também vai transformando o mundo. Entretanto, vários
fatores condicionam as possibilidades concretas de inserção do lugar no mundo.
Como isso acontece?
Pode-se trabalhar com os três grandes níveis de escala: local,
regional (nacional) e global. Os dois últimos níveis (o nacional e o global)
agem sobre o primeiro (o local), mas não podem substituí-lo. O local, por mais
influências alheias absorva, sempre tem sua particularidade.
A globalização é o encurtamento das distâncias em razão dos
avanços tecnológicos, é a homogeneização dos lugares a partir da uniformização
dos processos produtivos, do consumo, dos hábitos, a expansão das corporações
para regiões fora de seus países de origem.
Qual é o “motor” da globalização? A globalização é um processo
que já vem ocorrendo há muito tempo?
As grandes navegações e o processo de colonização de novos
espaços pelos europeus ocorreram no chamado Período Técnico. Esse longo período
foi pródigo em avanços: a bússola, os portulanos, a imprensa, e posteriormente
a máquina a vapor e o telégrafo são alguns exemplos do que a humanidade
incorporou nesse período.
Esses aparatos técnicos possibilitaram, a certos países, atuar
numa escala global: acelerar os contatos e as trocas, ter acesso a novos bens e
outras culturas, expandir sua força econômica, construindo um regime
capitalista. Mas não era, nesse momento, globalização.
A globalização, no presente, tem outra força e outra qualidade.
Antes de tudo, ela é fruto de uma revolução tecnológica nas comunicações e na
eletrônica, que encurtou distâncias e criou novas formas de comunicação e
organização. Tais alterações também podem ser consideradas como responsáveis
pelas grandes mudanças no cenário geopolítico do século XX, alimentando novas
formas de organização econômica ao aproximar mercados e reorientá-los em blocos
comerciais (Nafta, MERCOSUL, etc).
Essa reorganização é diferente daquele manifestada durante o
período da “Guerra Fria”, quando o mundo era polarizado por forças hegemônicas
lideradas pelos Estados Unidos da América (EUA) e pela extinta União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), que utilizaram seus sistemas
econômicos – capitalismo e socialismo – como forças de pressão internacional.
Contemporaneamente, os progressos técnicos estão intimamente
ligados à aceleração do tempo, característica-chave do processo de
globalização. Essa aceleração muda nossas relações com a distância geográfica,
agora mais facilmente transposta. Trata-se da compressão do tempo-espaço: o
encolhimento do mapa do mundo, graças a inovações nos transportes que encolhem
o espaço por meio do tempo.
A figura “O encolhimento do mapa do mundo”, na página 7 do
caderno do aluno, demonstra a metáfora do “encolhimento” ou da nova relação das
sociedades com a distância, relacionada ao desenvolvimento dos meios de
transporte. Pode-se afirmar, portanto, que o mundo ficou menor para o ser
humano. As pessoas, os remédios, as mercadorias chegam muito mais rapidamente a
seus destinos.
O que permite compreender o processo de globalização é a
incorporação de novas tecnologias no espaço, ou seja, o advento da revolução
tecnológica, ainda em andamento e responsável, também, pela integração de
economias e mercados. No entanto, é possível perceber que se trata de um
fenômeno que vai muito além da integração econômica e de mercados, que por si
só já é um evento de grande complexidade.
As empresas multinacionais transformaram-se em transnacionais e
atualmente são empresas globais. Os mercados não são mais apenas locais, mas
planetários. Temos a universalização do sistema produtivo, do sistema
financeiro e das formas de comunicação. Mas essa universalização não engloba
todos os segmentos de uma sociedade: por exemplo, uma universalização da
política. Não é possível afirmar a existência de um espaço global. O que na
verdade existe é um conjunto de espaços nacionais e algumas redes que atuam na
escala global. Será que todos os lugares e povos são atingidos pela
globalização com a mesma intensidade? A resposta é não!
Alguns exemplos de comunidades que não são favorecidas são as
comunidades indígenas, as comunidades quilombolas (grupos humanos remanescentes
dos antigos quilombos – povoados de escravos fugidos à época da escravidão no
Brasil), as comunidades camponesas, praticantes ainda da agricultura de
subsistência, pescadores ou caiçaras.
Por isso, por mais contraditória que seja a expressão, a
globalização não é universal. Mas podemos afirmar que a globalização já implica
num maior interdependência dos países entre si e das pessoas de certa maneira,
numa articulação instantânea entre os diferentes lugares do mundo (conexão
on-line), numa certa tendência à uniformização de padrões culturais.
Pode-se dizer que, a multiplicação dos espaços de lucro (domínio
de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas) foi uma força
que conduziu o mundo à globalização. Entretanto, até este momento, há
limitações para a amplificação do fenômeno: o progresso técnico atinge poucos
países e regiões e, ainda assim, de forma circunscrita (limitada, restrita, com
limites determinados) e com efeitos que não vão se generalizar.
Está em construção uma nova cartografia do mundo, com as
redefinições no espaço geográfico.
2. Diferenças regionais na era da globalização
Vamos aprofundar o conceito de
globalização, identificando seus efeitos na economia e no cotidiano dos
indivíduos, a produção das diversidades e desigualdades regionais, apesar da
maior tendência de homogeneização (igualar, já que todos têm acesso a tudo)
desencadeada por esse processo. Vamos identificar a existência de divisões de
trabalho, tanto no processo produtivo – divisão social do trabalho – como entre
atividades econômicas, que se territorializam – a divisão territorial do
trabalho (cada região pode desenvolver determinado tipo de trabalho).
Globalização:
regionalização e identidades locais
Como há uma crescente interligação econômica no plano da escala
mundial, podemos aprofundar esse entendimento com os exercícios do caderno do
aluno.
3. As possibilidades de regionalização do mundo contemporâneo
O mundo contemporâneo, por conta da globalização, permite
diversas interpretações e classificações das regionalizações na escala mundial.
Vamos comparar as diferentes propostas de regionalização e de onde vêm estas
idéias.
Os
modos de ver a ordem mundial
A leitura e a interpretação de diversos mapas é uma das
habilidades mais importantes da Geografia. Sua aprendizagem possibilita
aplicá-la sistematicamente em todos os conteúdos da Geografia, além de
contribuir para a solidificação do aprendido. A cartografia expressa,
graficamente, relações espaciais entre fenômenos que tenham expressão
geográfica. Envolve, necessariamente, comparação, diferenciação e classificação
dos objetos, além da análise das relações entre eles. Os mapas e gráficos
complementam as idéias expressas pelos conceitos, permitindo observar diversos
aspectos da realidade sintetizados no mapa ou mesmo no gráfico, tornando-nos
aptos a compreender, interpretar e analisar a realidade que os cerca e o mundo
em sua complexidade.
A divisão regional mais tradicional de todas e a primeira
natural do mundo é a divisão por continentes: Américas, Europa, Ásia, África
e Oceania. Baseada em fatores naturais, apresenta a divisão entre terras
emersas (continentais e ilhas), os oceanos e mares.
O mapa que fizemos no capítulo 1 (Relações entre espaço
geográfico e globalização), apresentando o sentido dos fluxos de países e
regiões mais dinâmicos economicamente (ou seja, onde as coisas que usamos são
produzidas) é um exemplo de regionalização, a partir desses fluxos econômicos.
Quando pensamos nos países ou nas regiões mais desenvolvidos,
com empresas mais poderosas lembramos dos Estados Unidos, Canadá, Japão,
Europa ou países da Europa Ocidental, ou ainda a Austrália. Temos uma visão que
esses países e continentes são referências em tecnologia avançada, em riqueza
da economia e das pessoas. O mundo contemporâneo é muito influenciado pelos
países com economia mais dinâmica, os países mais desenvolvidos (aqueles que
registram o maior número de empresas e marcas que consumimos). Essas relações
entre os diferentes países e/ou continentes do mundo se estabeleceram através
da tecnologia, em especial as de transporte e comunicações e até a proximidade
pode ser um fator. Nossos hábitos, modos de vida, esporte, itens de consumo
(vestuário, automóveis, eletrodomésticos), além dos produtos da indústria
cultural e de entretenimento (principalmente música e cinema) têm uma grande influência
dos Estados Unidos. Afinal, estamos inseridos na sociedade de consumo e os
apelos publicitários são muito eficazes.
Principais
processos de integração regional, 2007
Os processos de integração regional representados no mapa
“Principais processos de integração regional, 2007”,
na página 18 do caderno do aluno, são a expressão de uma nova ordem que é
multipolar. Alguns blocos estão polarizando forças econômicas e políticas,
interferindo inclusive na ordem geopolítica, que envolve a força militar dos
países e blocos. O mundo contemporâneo é muito influenciado por países com
economias mais dinâmicas.
O bloco americano (NAFTA – Acordo de Livre Comércio da América
do Norte) tem o dólar como referência monetária e está sob a liderança dos
Estados Unidos. Eles exercem incontestável influência regional, mas, acima de
tudo, sua influência se dá na escala global.
O segundo bloco é o europeu (UE – União Européia), cuja referência
monetária é o euro, sob comando dos países que compõem a União Européia e com área
de influência abrangendo o norte da África e parte do Oriente Médio. Esse
bloco também exerce poderosa influência na escala global.
Finalmente, temos o Bloco da Ásia ou do Pacífico (ASEAN). A
referência monetária ainda é o iene (moeda japonesa) e a área de projeção
econômica compreende o chamado Cinturão do Pacífico (China, Austrália e Nova
Zelândia). Neste bloco, a influência dos Estados Unidos é, também, muito
significativa.
Essa atual configuração encontrada já está mudando, o que
demonstra a mudança constante das regionalizações. A China, por exemplo, com
seu dinamismo econômico, destaca-se no bloco do Pacífico, colocando em cheque
a liderança do Japão na região.
Mas, não somente entre os blocos, o poder das influências se
altera. Entre blocos e regiões, novos laços se estabelecem. O Brasil, por
exemplo, tem procurado, estrategicamente, incrementar o intercâmbio comercial
com a China, fazendo acordos comerciais com esse país, e com isso diminuir sua
dependência (e do restante da América do Sul) com os EUA. O Brasil já é o
principal parceiro comercial da China na América Latina. Empresas brasileiras
têm ampliado seus negócios naquele país, exportando, por exemplo, as turbinas
geradoras para a hidrelétrica de Três Gargantas. A cooperação estende-se para o
setor aeroespacial, com o desenvolvimento conjunto de satélites para meteorologia
e telecomunicações.
O mapa “A bipolaridade e a ordem westfaliana, 1950-1980” na página 20 do caderno do aluno,
representa e exemplifica uma regionalização de acordo com os sistemas
econômicos vigentes na maior parte do século XX, isto é, o grupo de países
capitalistas (sob a liderança dos Estados Unidos) e o grupo de países
socialistas (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
Depois de um período de crescimento econômico, marcado por
intensa industrialização do país e posteriormente pela corrida espacial
estabelecida entre EUA e URSS, a economia da URSS perdeu terreno para os
países capitalistas desenvolvidos e, pela primeira vez, em 1985, o PIB do Japão
superou o soviético. Além disso, a URSS acumulou um atraso em relação ao
desenvolvimento tecnológico em setores importantes, como o das telecomunicações
e da informática (o chamado segmento das TICs – tecnologias de informação e
comunicação), um dos fatores responsáveis pela desintegração do império
soviético. Para enfrentar a crise econômica, a União Soviética passou a
investir menos em armamentos e ampliar as aplicações na
agricultura e na indústria de bens de consumo. Ao mesmo tempo, passou a desenvolver
uma política de reaproximação com os Estados Unidos. Esta abertura estendeu-se
aos países socialistas que estavam sob a esfera de dominação da URSS, em
especial no Leste Europeu. Dois acontecimentos marcam emblematicamente este
período:
1. A queda do Muro
de Berlim, em 1989 (símbolo do fim da Guerra Fria) e a reunificação da
Alemanha, dividida em capitalista e socialista, ao término da segunda Guerra
Mundial. O Muro de Berlim dividia a cidade em duas partes - Berlim Oriental
(socialista) e Ocidental, (capitalista);
2. A independência
de várias das repúblicas que compunham a URSS. Em 1991, dez repúblicas das
quinze anteriores que compunham a URSS fundaram a CEI - Comunidade de Estados
Independentes: Armênia, Belarus, Casaquistão, Federação Russa, Moldávia,
Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão. Em 1993, mais
duas repúblicas ingressaram na CEI: Geórgia e Azerbaijão. Ficaram de fora a
Estônia, a Letônia e a Lituânia, que se incorporaram à União Européia. Assim a
URSS deixou de existir, e pode-se dizer que a Guerra Fria chegou ao fim,
rompendo o poder bipolar dividido entre EUA e URSS.
Começa um novo período, após a crise e a dissolução da URSS, uma
NovaOrdem Mundial, com um mundo multipolarizado, como observamos no mapa “Principais
processos de integração regional, 2007”,
na página 18 do caderno do aluno, que representa um mundo dividido entre países
desenvolvidos e subdesenvolvidos ou um mundo subordinado ao sistema
capitalista, e com a hegemonia dos Estados Unidos e das grandes corporações
internacionais. A contraposição desenvolvimento/subdesenvolvimento, em escala
mundial, corresponde a um processo histórico, de interdependência entre países
e marcado por relações comerciais (de troca) desiguais, que produzem estruturas
econômicas, sociais e espaciais diferenciadas. Trata-se também de uma forma de
dividir o mundo, resultante da posição ocupada pelas regiões no interior do
sistema mundial e em cada momento histórico.
Para entendermos essa condição de desigualdade, o comércio mundial
de mercadorias indica três pólos dominantes: América do Norte; União Européia
e; Ásia e Oceania, enquanto o restante do planeta fica numa condição
periférica, numa condição de maior fragilidade, formando um comércio tripolar,
como observamos no mapa “Comércio mundial de mercadorias, 2006” na página 21, do caderno do aluno. A
condição marginal na participação na troca mundial de mercadorias de certas
áreas do planeta (América do Sul e Central, África e partes da Ásia)
corresponde a uma indicação, entre outras possíveis, da condição de
subdesenvolvimento (ou de atraso econômico) de alguns países, o que corresponde
a uma possível visão de uma divisão do mundo entre países desenvolvidos e
subdesenvolvidos. Essa condição, à margem dos grandes fluxos comerciais do
mundo, não significa que os países da “periferia” não se relacionam com os dos
“centros”. Eles se relacionam, mas são relações marcadas por várias
desigualdades e desvantagens no valor econômico das transações e no poder de
decisões. Os quadros “O que os países periféricos recebem dos países centrais”
apresentam as relações entre o “centro” e a “periferia”, na página 23 do
caderno do aluno, e esquematizam as relações que estão se transformando, mas
que foram marcadas ao longo das últimas décadas pelas características
apresentadas. Ainda é possível enxergar nesse mundo, agora multipolar, um
centro e uma periferia, com a existência de desigualdades.
4. Os principais blocos econômicos supranacionais
Vamos comparar os blocos econômicos
supranacionais, para compreender as conseqüências de seu funcionamento na
escala regional e mundial, os impactos sobre os países membros, as estratégias
de agrupamento como parte do processo de integração econômica na escala mundial
e a concorrência entre empresas e nações. Os blocos econômicos são uma
possibilidade para a afirmação econômica e política dos países envolvidos.
A
formação dos blocos supranacionais
Quais os motivos que levaram esses
países a se unir e não agir solitariamente no mercado internacional? Vamos
estudar a respeito da área de abrangência dos diversos blocos econômicos
supranacionais, a compreensão dos impactos territoriais e as conseqüências para
os países membros e para os demais.
Ao interpretarem esses blocos, vocês irão aprender que essas
localizações não são dados meramente pontuais, mas que têm, de fato, um
significado estratégico e político.
Um bloco econômico é uma associação de países com vistas a
defender interesses comuns na área do comércio ou mesmo de outros envolvimentos
de caráter econômico e político. A intensificação das relações econômicas, na
escala mundial, estimulou os países a se agruparem para fazer frente à nova
configuração econômica após o fim da Guerra Fria. Países que fazem parte de um
bloco disputam a hegemonia em função da concorrência comercial por meio de
isenção de tarifas alfandegárias, ou mesmo a partir de uniões mais amplas.
São vários os modos de organização dos blocos supranacionais, a
começar que alguns são uniões mais profundas, e outros mais parciais. Alguns
exemplos:
1. Áreas
de livre comércio (ALCA e Nafta);
2. União
aduaneira (MERCOSUL);
3.
Mercado comum (União Européia).
Alguns blocos se organizaram já há algum tempo, buscando uma
maior integração, como é o caso da União Européia, enquanto outros
desenvolveram integrações de caráter apenas comercial, como o Nafta, e outros
ainda almejam ampliações de caráter aduaneiro, como o MERCOSUL. Portanto,
esses blocos apresentam distinções técnicas importantes.
O mercado comum apresenta um processo de integração, que leva em
consideração a livre circulação de mercadorias, pessoas, capitais e moeda. Além
disso, promove a formação de órgãos integrados em diferentes níveis, como o
Parlamento Comum e Banco Central Comum e almejam ainda uma política militar
comum.
A União aduaneira, como é o caso do MERCOSUL, abrange uma área
de livre comércio e uma união aduaneira, ou seja, as tarifas de importação para
países fora do bloco devem ser combinadas e aceitas por todos seus membros.
Neste sentido, o MERCOSUL apresenta formas de integração um pouco mais
sofisticadas do que o Nafta.
A área de livre comércio apenas estabelece a isenção total de
tarifas para mercadorias produzidas e comercializadas entre os seus membros.
Este é o caso do Nafta e do bloco da Bacia do Pacífico (Apec). Neste caso, cada
país estabelece o imposto de importação para os produtos dos países
não-signatários (não participante) do acordo, e apresentam moeda própria. Com
relação às áreas de livre comércio, a Organização Mundial do Comércio (OMC)
define que uma região desse tipo só se constitui como tal quando 85% ou mais do
comércio é livre.
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