Prof. Mario Out/2012
A posição geográfica do Brasil
Posição geográfica do Brasil
O Brasil é o quinto
país mais extenso do planeta, sua área é de 8.514.876 quilômetros quadrados,
apresentando-se inferior apenas à Rússia, Canadá, China e Estados Unidos. O
país está localizado na América do Sul, possui uma extensa faixa litorânea, com 7.367 quilômetros, e uma fronteira terrestre ainda maior (15.719
quilômetros), faz limite com dez países sul-americanos do continente. Apenas
Chile e Equador não compartilham desta ligação. A grande dimensão territorial
do país possibilita a existência de uma imensa diversidade de paisagens,
climas, pluralidade cultural, além de uma grande biodiversidade.
O território brasileiro corresponde a, aproximadamente, 1,6% da superfície do planeta, 5,6% das terras emersas do globo, 20,8% da extensão territorial da América e 48% das áreas que constituem a América do Sul. A grande extensão do território brasileiro no sentido leste-oeste (4.319 quilômetros entre os pontos extremos) faz com que o país possua três fusos horários diferentes.
O território brasileiro corresponde a, aproximadamente, 1,6% da superfície do planeta, 5,6% das terras emersas do globo, 20,8% da extensão territorial da América e 48% das áreas que constituem a América do Sul. A grande extensão do território brasileiro no sentido leste-oeste (4.319 quilômetros entre os pontos extremos) faz com que o país possua três fusos horários diferentes.
Todo o território
brasileiro está localizado a oeste do meridiano de Greenwich, portanto, sua
área pertence ao hemisfério ocidental. A linha do Equador passa no extremo
norte do país, fazendo com que 7% de seu território pertença ao hemisfério
norte e 93% localizado no hemisfério sul. Cortado ao sul pelo Trópico de
Capricórnio, apresenta 92% do território na zona intertropical (entre os
trópicos de Câncer e de Capricórnio); os 8% restantes estão na zona temperada
do sul (entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico).
A localização geográfica de qualquer ponto do planeta é realizada através da latitude e longitude. No sentido leste-oeste do território brasileiro, os extremos são a Serra Contamana (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”; e Ponta do Seixas (PB), a leste, com longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte-sul apresentam 4.394 quilômetros de distância, onde estão o Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”; e Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03”.
A localização geográfica de qualquer ponto do planeta é realizada através da latitude e longitude. No sentido leste-oeste do território brasileiro, os extremos são a Serra Contamana (AC), a oeste, com longitude de 73°59’32”; e Ponta do Seixas (PB), a leste, com longitude 34°47’30”. Os extremos no sentido norte-sul apresentam 4.394 quilômetros de distância, onde estão o Monte Caburaí (RR), ao norte do território, com latitude 5°16’20”; e Arroio Chuí (RS), ao sul, com latitude 33°45’03”.
Textos para 7a. série / 8o. ano - 4o. bimestre
13. Peru e México: a herança pré-colombiana (uso do vídeo)
Profa. Mario – Geografia – 7ª. série
Um dos pontos turísticos mais visitados da América é a
praça do centro da capital do México: Zócalo. Ali, a catedral católica permanece
sustentada sobre as ruínas do templo mais importante de Tenochtitlán, a antiga
capital dos astecas. Ao lado da igreja está o palácio do governo, situado sobre
a residência de Cuauhtémoc, o chefe asteca morto pelo espanhol Hernán Cortés,
quando Tenochtitlán foi conquistada, em 1521. Assim como a capital asteca,
Cuzco, no Peru, teve destino semelhante, sendo dominada pelo conquistador
espanhol Francisco Pizarro. Na guerra de conquista, Pizarro mandou executar o
imperador inca Atahualpa, fundir os abundantes metais preciosos em barras e
atear fogo em tudo o que estivesse pela frente.
Apesar do violento processo de ocupação dos
conquistadores europeus, a colossal arquitetura das civilizações que se
desenvolveram na América pré-colombiana não foi totalmente destruída. Vamos
utilizar esse rico acervo para estudar a presença de elementos (obras e
acontecimentos) do passado na dinâmica da vida atual.
Um acervo de figuras pode auxiliar na compreensão da formação
da Cidade da México. Quem visita Zócalo, a praça central da cidade, observa as
escavações do que sobrou do antigo templo asteca, denominado Templo Mayor.
Nesse local há um museu com a reprodução da antiga cidade asteca, uma maquete,
como vemos na figura da página 3 do caderno do aluno.
Tenochtitlán era uma cidade impressionante. As crônicas
dos conquistadores descrevem uma cidade com mais de 300 mil habitantes, maior
do que a grande parte das cidades européias do século XVI. Como Tenochtitlán
estava situada numa ilha do lago Texcoco, onde se cruzavam diversos canais,
poderia ser considerada uma Veneza do Novo Mundo. Por meio do “Mapa do sítio
urbano de Tenochtitlán”, na página 4 do caderno do aluno, observamos como era o
sítio urbano de Tenochtitlán na época da chegada dos espanhóis.
A sobreposição da atual Cidade do México, com mais de 18
milhões de habitantes, ao sítio antigo, pode ser observada no mapa “A ocupação
urbana no antigo lago Texcoco”. A Cidade do México cresceu sobre o antigo lago
Texcoco. A única explicação para isso é o aterramento do fundo do lago, um
processo é bem antigo, como no caso das chinampas (trecho na parte superior do
mapa com símbolo que parece um acento circunflexo), utilizadas desde a época
dos astecas para uso agrícola. Evidentemente, a expansão da cidade moderna
também gerou aterros para a construção de loteamentos.
A herança das
comunidades indígenas
Assim como a civilização asteca é resultado do
desenvolvimento cultural de povos que viveram na área do atual México, os incas
herdaram a cultura dos habitantes dos altiplanos andinos.
Vamos assistir ao filme “Reino nas nuvens”, da série Terras
Místicas. Produzido em 1997 pela empresa canadense The Duncan Group, dura cerca
de 25 minutos. Por meio do relato da construção de Machu Picchu, anotem dados a
respeito da história do império inca e da herança cultural deixada às
comunidades indígenas atuais.
Não se sabe ao certo por que Machu Picchu foi erguida,
pelos incas, a 2 800 metros acima do nível do mar e distante 112 quilômetros de
Cuzco, capital do império inca. Trata-se de um lugar de difícil acesso e, ao
mesmo tempo, majestoso e complexo. Entre as hipóteses admitidas pelos
pesquisadores, pode-se destacar:
1. era uma cidade estratégica fortificada na fronteira de uma região com
povos belicosos (que gosta de guerra);
2. era uma espécie de convento para acolher as mulheres escolhidas pelo imperador;
3. era um centro de estudos astronômicos e de culto aos astros.
As características culturais da civilização inca são as
técnicas construtivas avançadas dos incas, seus sistemas de cultivo em terraços
e a sofisticação do artesanato.
Muitas comunidades indígenas da Cordilheira dos Andes vivem
no meio rural, preservando esses valores culturais, como antigas práticas
agrícolas e a destreza nos trabalhos artesanais.
A diversidade cultural por meio de gráficos
Em virtude do violento processo de dominação do
continente americano pelos colonizadores europeus, a população nativa foi
dizimada e, em muitas regiões, praticamente extinta. No final do século XX, os
povos indígenas representam cerca de 8% da população da América Latina. Para
estudar essa realidade, observe a tabela “América Latina: população indígena
estimada em alguns países”, na página 7 do caderno do aluno. Ela apresenta a
população indígena em número total de habitantes (termos absolutos) e em
porcentagem (termos relativos).
Em termos absolutos, apesar de a maior parte da
população da Bolívia ser indígena, o México apresenta o maior contingente de
representantes ameríndios (índios americanos). Os países que apresentam maior
porcentagem de população indígena são o México, a Guatemala, o Peru, o Equador
e a Bolívia que, do ponto de vista da Geografia Física, apresentam
cordilheiras montanhosas em comum.
A distribuição da população indígena na América Latina é
muito desigual. O altiplano das cordilheiras montanhosas da América Latina foi
o centro das civilizações pré-colombianas, aglomerando um contingente
populacional maior do que o das planícies costeiras. Os adensados núcleos de
povoamento ameríndio foram transformados em reserva de mão de obra pelos
colonizadores espanhóis.
14. Brasil e Argentina: as correntes de povoamento
Vamos construir o conceito de formação territorial por
meio da análise do processo de povoamento e valorização do espaço brasileiro e
do argentino. Os países e seus territórios resultam de processos históricos, muitas
vezes, bastante diferentes entre si. O Brasil é o único tributário do domínio
português sobre grandes extensões de terras situadas na América; a Argentina,
por seu turno, nasceu da desagregação do vasto império espanhol na América. Os
vetores de apropriação e valorização de ambos os territórios são expressões
dessa diferença crucial.
Começaremos pelos dados relativos à densidade demográfica
do Brasil e da Argentina.
Densidade demográfica é a medida do grau de concentração
populacional em determinada área, dada pelo quociente entre a população
absoluta e a sua extensão territorial.
densidade demográfica = população absoluta dividida
pela área
|
Dividindo-se a população brasileira (183.987.291
habitantes em 2007) pela extensão territorial do país (8.514.877 km2),
obtemos uma densidade demográfica média de 21,6 hab./km2,
relativamente baixa para os padrões mundiais. A população brasileira não é
uniformemente distribuída pelo território do país. A tabela serve como elemento
para essa explicação.
De acordo a tabela “Brasil: população e densidade demográfica, por estado”,
na página 13 do caderno do aluno, Roraima é a única Unidade da Federação com
densidade demográfica inferior a 2 hab./km2, em 2007, enquanto Rio
de Janeiro, Distrito Federal, São Paulo e Alagoas apresentam densidades
demográficas superiores a 100 hab./km2 no mesmo ano. A elevada densidade
demográfica do Distrito Federal é relativamente fácil de explicar, já que ele
ocupa uma área relativamente pequena. Os Estados da Região Norte apresentam
densidades demográficas bastante inferiores à média nacional. É importante
também destacar que, no Brasil, as maiores densidades demográficas estão localizadas
nas proximidades do litoral, devido à história de povoamento do país. Como se
sabe, a colonização portuguesa priorizou principalmente a exploração da faixa
litorânea, gerando uma apropriação esparsa e desigual do interior.
Os movimentos colonizadores no século XVI
Utilizaremos documentos cartográficos para analisarmos os
vetores da expansão colonial portuguesa e espanhola na América do Sul entre os
séculos XVI e XVIII, em especial nos territórios que mais tarde viriam a
pertencer ao Brasil e à Argentina.
O mapa “Américas do Sul e Central: rotas de colonização”,
na página 17 do caderno do aluno, destaca as rotas de colonização na América
Portuguesa e na América Hispânica nos séculos referidos. Desde 1549, a América
Portuguesa dispunha de um governador-geral nomeado pelo rei, que recebia
poderes de fiscalização e defesa sobre o conjunto do território colonial
lusitano da América. No caso da América Hispânica, a administração foi
descentralizada desde o início, e as possessões coloniais divididas em
vice-reinados e capitanias. O núcleo da colonização espanhola era formado
pelas principais áreas andinas de mineração, situadas no Peru e no Alto Peru
(em especial Potosí, atual Bolívia). O porto de Buenos Aires, no estuário do
Rio da Prata, funcionava como elo entre as zonas mineiras andinas e os
mercados europeus, escoando principalmente a prata contrabandeada para a
Inglaterra e para a Holanda e recebendo, destes países, manufaturas que também
penetravam ilegalmente nas possessões coloniais espanholas.
Analisando as rotas de colonização portuguesas e
espanholas, percebemos que, na América Portuguesa, todas as rotas de colonização
tinham início no litoral atlântico, enquanto na América Hispânica existiam
fluxos importantes nas duas direções: do Atlântico para as regiões mineradoras
e das regiões mineradoras para o Atlântico.
O povoamento no século XIX e suas consequências
A Argentina proclamou sua independência em 1816, e o
Brasil, em 1822. No momento da independência, nenhum dos dois países tinha se
apropriado efetivamente de seus territórios. Na Argentina, apenas um terço do
território era ocupado pelos herdeiros dos colonizadores, a maior parte ainda
estava sob controle das populações indígenas, com as quais o país
recém-independente mantinha relações conflituosas. A capital, Buenos Aires,
centralizava as relações comerciais do país com o exterior, pois era o único
porto internacional. No Brasil, as áreas povoadas pelos herdeiros dos
colonizadores portugueses equivaliam a cerca de metade do território, mas já
existiam diversas cidades portuárias importantes, como Rio de Janeiro, Recife
e Salvador. No Brasil, as maiores densidades demográficas estão localizadas nas
proximidades do litoral, enquanto na Argentina, apesar da forte concentração
populacional na capital, Buenos Aires (onde vive cerca de um terço da população
do país), existem manchas significativas de maiores densidades demográficas
situadas na porção central e oriental do território.
Se observarmos os mapas “Brasil: povoamento no início do
século XIX”, na página 18, e “Argentina: povoamento no início do século XIX”,
na página 19, ambos no caderno do aluno, conferimos que o território
luso-brasileiro foi ocupado da costa para o interior, o que conferiu ao Brasil
um caráter de povoamento predominanteniente litorâneo e certa continuidade
espacial. A Argentina, por sua vez, foi ocupada a partir de seus extremos, o
Noroeste e o Rio da Prata, e de um movimento colonizador secundário a partir do
Oeste.
15. Colômbia e Venezuela: entre os Andes e o Caribe (uso
do vídeo)
Neste capítulo focalizaremos as diferentes formas de
apropriação do espaço colombiano e venezuelano. No primeiro caso, a área mais
dinâmica do ponto de vista das atividades econômicas e da concentração
populacional situa-se na zona da Cordilheira dos Andes, que centralizava as
atividades mineradoras no período colonial. No que diz respeito à Venezuela, a
valorização do litoral é tributária das relações com o Mar do Caribe e foi
reforçada pelo estabelecimento da economia petroleira, a partir das primeiras
décadas do século XX.
Durante o período colonial, Colômbia e Venezuela integraram,
junto com os atuais Panamá e Equador, o vice-reinado de Nova Granada. Os
altiplanos colombianos abrigaram o mais importante núcleo econômico do
vice-reinado, graças à presença de metais preciosos. Santa Fé de Bogotá, a
capital, situada a 2 600 metros de altitude, era o centro da região mineira de
Nova Granada.
A Venezuela, pobre em ouro e prata, foi considerada uma
área marginal durante os primeiros tempos da colonização. A implantação
hispânica no território que atualmente pertence à Venezuela se restringiu à
captura de indígenas e à pecuária, atividades direcionadas para o consumo nas
regiões mineradoras da Colômbia. Os poucos produtos agrícolas da região eram
comercializados pelos navios contrabandistas que atuavam no Mar do Caribe.
Assim, desde a origem, os altiplanos andinos foram o
núcleo de povoamento da Colômbia. A Venezuela, ou "pequena Veneza",
nasceu voltada para o Mar do Caribe e teria seu destino ligado ao mar. Após a
independência, os altiplanos andinos da Colômbia seriam ocupados, sobretudo,
pelas culturas de exportação, em especial o café, enquanto o Centro-Norte
costeiro da Venezuela experimentaria uma valorização inédita com a descoberta
e a exploração das imensas reservas petrolíferas existentes no país.
As três principais cidades venezuelanas, Caracas,
Maracaibo e Valência, localizam-se na porção setentrional do país, nas
proximidades da costa. E as três principais cidades colombianas, Bogotá, Cali e
Medellín, estão no sistema montanhoso formado pelas bifurcações da Cordilheira
dos Andes em território colombiano.
Na Colômbia, as maiores densidades demográficas situam-se
nos sistemas montanhosos, e, secundariamente, nas proximidades dos portos que
conectam o país ao Oceano Pacífico. Na Venezuela, as maiores densidades
demográficas situam-se na porção setentrional, ao longo da faixa costeira. Em
ambos os países, as menores densidades demográficas situam-se na Amazônia, que
inclui a faixa de fronteira com o território brasileiro.
Os contrastes de Caracas
Para finalizar, vamos assistir ao filme “Um olhar sobre
Caracas”, produção francesa com cerca de 20 minutos de duração, que pertence ao
acervo da TV Escola. O filme analisa o cotidiano dos moradores e os contrastes
sociais que fazem parte da paisagem da cidade. Após a exibição, produzam um
texto sobre o filme, em forma de crítica jornalística. A crítica é um tipo de
texto que descreve um objeto cultural, como um filme ou um livro, ressaltando
suas particularidades e seus aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto,
de um tipo de texto argumentativo, pois o autor deve apresentar argumentos que
fundamentem sua opinião a respeito do objeto analisado.
16. Haiti e Cuba: as
revoluções (uso do atlas)
A escolha de Haiti e
de Cuba tem como objetivo a discussão das alternativas de desenvolvimento
independente dos países latino-americanos. Apesar de o Haiti ser resultado da
primeira grande revolução americana de escravos, que culminou com a formação
do país em 1804, a sociedade local não conseguiu romper as amarras de uma
estrutura conservadora de poder, que manteve o controle centralizado do Estado
e da propriedade privada.
Por sua vez, a
radicalização da revolução cubana rumo ao socialismo pode ser relacionada à
tentativa de intervenção militar frustrada (desembarque na Baía dos Porcos, em
1961) e ao bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, desde 1962 - que
provocou o isolamento do país no continente.
Tendo em vista as
características específicas dessas revoluções populares, vamos refletir a respeito
das perspectivas de desenvolvimento regional, comparar esses diferentes
processos e utilizar diversos indicadores socioeconômicos de forma a elaborar
a sua própria síntese.
Como introdução, uma
linha do tempo com os principais acontecimentos relacionados às revoluções de
Haiti e de Cuba estão nas páginas 25, 26 e 27 do caderno do aluno. Tal forma de
representação gráfica é de interesse da Geografia, na medida em que promove o
exercício de lidar com escalas de proporcionalidade entre fatos ocorridos no
decorrer do tempo e o espaço da representação na folha de papel.
Com base nas duas
linhas do tempo, podemos estabelecer individualmente comparações entre Haiti e
Cuba:
·
Semelhanças
entre Haiti e Cuba
- Ilhas localizadas no Mar do Caribe,
conquistadas por Colombo no final do século XV;
- Exploração pelos colonizadores europeus
para a produção da cana-de-açúcar, cuja mão de obra era baseada no trabalho escravo
africano;
- Ocupação dos Estados Unidos da América,
que exerceram controle sobre a região a partir do final do século XIX;
- Domínio de ditaduras por longos períodos
e ausência de tradição democrática.
·
Diferenças
entre Haiti e Cuba
- A revolução popular no Haiti antecedeu a
revolução cubana em mais de 50 anos, mas não conseguiu romper as estruturas de
poder da elite local;
- Aproximando-se do modelo soviético, a revolução
cubana radicalizou-se na proporção em que os Estados Unidos da América
impunham sanções econômicas ao país;
- O fim da União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas, em 1991, provocou uma crise econômica profunda em Cuba, mas o país
está se recuperando com o desenvolvimento de novos setores econômicos, como o
turismo. As perspectivas do Haiti são sombrias. As instituições do Estado estão
destruídas e a população passa por problemas gravíssimos, como a fome.
A língua oficial do Haiti é o francês
e de Cuba, o espanhol. A língua na América Latina é bem diversificada, em
função do passado colonial, já que a maior parte dos países adotou a língua dos
colonizadores:
- Espanhol: Argentina, Bolívia, Chile,
Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua,
Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela;
- Francês: Haiti;
- Holandês: Suriname, Antilhas Holandesas;
- Inglês: Antígua e Barbuda, Bahamas,
Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lúcia, São
Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago;
- Português: Brasil.
Alguns países possuem mais do que uma
língua oficial, como o Haiti (francês e crioulo), Bolívia e Peru (espanhol e
quíchua).
Indicadores sociais e de Cuba e Haiti
Para aprofundar o
conhecimento dos países do Mar do Caribe, explore um mapa político da região em
um atlas geográfico escolar. Observe o mapa político da América Central.
Podemos dividir a
América Central em dois blocos de países: continentais e insulares (ilhas). Os
países da América Central continental são Guatemala, Belize, Honduras, El
Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá e os insulares são Bahamas, Cuba,
Jamaica, Haiti, República Dominicana e os países das pequenas Antilhas.
A região é banhada pelo Mar das Antilhas ou Mar do Caribe. Cuba está
localizada ao sul do Trópico de Câncer, separada dos Estados Unidos da América
apenas pelo Estreito da Flórida. O país está localizado a sudoeste das Bahamas,
a noroeste do Haiti e ao norte da Jamaica. Com relação ao Haiti, o país divide
a Ilha Hispaniola com a República Dominicana. A República Dominicana, na porção
oriental, formou-se a partir da colonização espanhola. O Haiti, na porção
ocidental, formou-se a partir da colonização francesa e da revolta dos
escravos.
Analise a situação
social e econômica de Cuba e do Haiti, comparando estes países com os seus
vizinhos da América Central, baseando-se em alguns indicadores apresentados na
tabela “América Central: alguns indicadores”, na página 29 do caderno do aluno.
Antes, vamos
conceituar os seguintes indicadores:
- Produto Interno Bruto (PIB): valor total
da riqueza produzida em um país, calculado geralmente no período de um ano.
São considerados os bens (automóveis, geladeiras, televisores, produtos
agrícolas e industriais etc.), serviços (bancos, hospitais, escolas etc.) e
atividades comerciais realizadas dentro do país por empresas nacionais e
estrangeiras;
- PIB per
capita: calculado dividindo-se o valor total da riqueza produzida no país pelo
número de habitantes;
- Expectativa de vida ou esperança de vida: estimativa do
tempo de vida da população do país, em linhas gerais, caso sejam mantidas as
condições atuais;
- Taxa de adultos analfabetos: calculada a
partir do total da população acima de 15 anos que não sabe ler nem escrever.
Evidentemente, tal condição resulta num processo de exclusão cultural e
reflete as condições de vida da população;
- População Economicamente Ativa (PEA):
calculada considerando-se o total da população entre 15 e 60 anos,
representando a força de trabalho existente no país.
A partir da análise,
podemos concluir que estamos trabalhando com dois países em posições extremas.
Cuba é o país com a melhor situação social e econômica da região, enquanto o
Haiti é o país mais pobre e com piores índices socioeconômicos.
A situação política de Cuba e Haiti
Vamos analisar as
características da economia do Haiti e de Cuba em trechos de dois artigos
publicados, em abril de 2008, no jornal Folha de S.Paulo: “Protestos contra a
fome crescem no Haiti” e “Cubanos absorvem discurso da mudança sem loucuras”,
nas páginas 30 e 31 do caderno do aluno.
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