Geografia 1° EM Vol 4
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
VERSÃO PRELIMINAR
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1
A VINCULAÇÃO ENTRE CLIMA E VEGETAÇÃO NO MEIO AMBIENTE
Para começo de conversa
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1. A condição necessária na litosfera para a ocorrência da vida vegetal é que haja solos formados – e existe uma relação entre a formação dos solos e as formas de relevo; nas áreas planas e de baixa altitude a vida vegetal é, a princípio, mais favorecida. 2. A água, elemento constituinte da hidrosfera, é essencial para a vida em geral, e para a vida vegetal. As áreas mais úmidas da superfície terrestre têm potencial para fazer florescer grandes florestas e, ao contrário, nas áreas secas a vida vegetal é limitada e são poucas as plantas que conseguem se adaptar. 3. A vida vegetal, como a vida em geral, manifesta-se no fino invólucro gasoso que envolve a Terra: a atmosfera. Essa é uma condição indispensável para o crescimento das plantas. Em locais de grande altitude, onde a atmosfera fica mais rarefeita, as espécies de plantas sofrem mais e a vida vegetal é menos viçosa. Por outro lado, as condições climáticas (fenômeno interno da atmosfera) são de fundamental importância para a vida vegetal – em áreas muito frias e secas a vegetação pode até não existir. 4. A vida vegetal (aliás, toda forma de vida) não é um fenômeno isolado, pois ela provém de domínios naturais que combinam a litosfera, a hidrosfera e a atmosfera. Desse modo, a vida depende das condições dessa combinação para proliferar com mais eficiência ou não. Leitura e análise de Texto e Esquema
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1. A vida vegetal é evidentemente um fenômeno complexo. Não se manifesta por si só e também não depende de um único fator. Na verdade, trata-se do resultado biológico GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
de uma interação complexa de um conjunto de fatores e condições vinculadas aos domínios naturais: litosfera (os tipos de relevo); hidrosfera (as diversas formas de presença da água); atmosfera (as condições climáticas). Dependendo dessas condições, a vida vegetal é mais pujante ou não.
2. a) Domínio natural é a combinação das esferas inorgânicas (sem vida) da natureza: litosfera, hidrosfera e atmosfera. Podemos também chamar domínios abióticos (sem vida). b) Biosfera é a “soma” dos domínios naturais (abióticos), na verdade uma combinação deles, mais a vida que nasce da formação de solos, uma espécie de transição das realidades abióticas para o ambiente biótico: a biosfera. 3. a) O solo resulta da degradação da litosfera (das rochas que se desagregam), algo que acontece devido à ação do clima (atmosfera) e das águas (hidrosfera). É nessa fina camada degradada da litosfera que prospera a vida, logo o solo é o elo entre os domínios abióticos e a biosfera. b) A frase que afirma que o solo é a transição do abiótico para o mundo da vida faz todo o sentido, pois ele tem origem no mundo inorgânico e permite (é a base para) o surgimento do mundo orgânico. LIÇÃO DE CASA Página 6
1. A vida é um acontecimento extraordinário da natureza terrestre muito forte e diversificado, que é capaz de ocorrer nas condições mais diferentes, algumas bem difíceis. Por essa razão, pode-se afirmar que praticamente há vida em toda a extensão do planeta, embora sob certas condições ela seja bastante rara (como naqueles lugares onde os domínios inorgânicos são “quase puros”) e em outras se manifeste de forma exuberante e volumosa. 2. Existem, sim. As áreas de relevo de baixa altitude, planas, com temperatura elevada e de muita umidade comportam as condições ideais para a vida se manifestar de modo volumoso. Esse é o caso da Amazônia. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
3. Também existem, sim. Exemplo disso são as áreas de relevo muito irregular, com altas altitudes, temperaturas muito baixas, secas, cujas características tornaram difíceis a proliferação da vida. Nelas a vida vegetal e a animal são raras e somente poucas espécies conseguem se adaptar e sobreviver. 4. Alternativa d. Nessas condições descritas a vida é bastante favorecida, pois muita água e as temperaturas elevadas a beneficiam. 5. Nessas condições pode haver florestas, mesmo com precipitação de neve. Esse é o caso das florestas coníferas na faixa que vai das zonas climáticas temperadas às zonas frias. No entanto, tais florestas têm poucas espécies de árvores, que são as que se adaptaram a essa situação. Por isso a denominação “florestas homogêneas”. 6. Alternativa c. Sob essas condições descritas, não só a vida é favorecida, como o é para várias espécies, o que resulta em muita biodiversidade (diversidade biológica) e possibilita a formação de florestas heterogêneas. Leitura e Análise de Imagem e Quadro
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1. Aguarde para breve. 2. a) O elemento-chave é o estrato, que é um conceito que se constrói com base na classificação dos tipos de plantas: árvores, arbustos e gramíneas. Segundo essa ideia, as formações vegetais podem ser classificadas com um critério que faz sentido e é facilmente observável em todas as circunstâncias em que a vida vegetal floresce. b) Florestas: formações vegetais nas quais o estrato arbóreo é o dominante. Savanas: formações vegetais nas quais o estrato arbustivo é dominante, mas que possui áreas e condições em que os estratos diferentes não têm um domínio claro. Estepes: formações vegetais nas quais o estrato dominante é o herbáceo. 3. a) Há um padrão, sim; na verdade há uma lógica natural. Nas altas altitudes as formações vegetais sofrem e nas baixas altitudes eles vicejam. O fator altitude é importante e pertence a uma rede complexa de condições: nas baixas altitudes as condições climáticas são mais úmidas com temperaturas mais elevadas. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
b) O porte das formações vegetais diminui significativamente. Se estivermos numa zona climática temperada, nas altas altitudes a vida desaparece quase que por completo. c) Acima dos 3 000 metros nas zonas temperadas a vida desaparece sob o peso das geleiras; nas zonas tropicais ainda podem aparecer algumas estepes, mas à medida que as altitudes aumentam a vida vegetal vai diminuindo e termina por não se ocorrer mais. d) Sempre que as altitudes aumentam as temperaturas caem. É até possível saber em que proporção elas caem: 0,6º C a cada 100 metros. Assim, com cálculos simples é possível saber as diferenças de temperatura entre uma base de montanha e seu topo. e) Se a temperatura está a 30º C no nível zero de altitude, será de 12º C a 3 000 metros de altitude. Caiu 0,6º C a cada 100 metros.
LIÇÃO DE CASA Página 10
Fazer o glossário seguindo esse exemplo:
• Estrato: ideia conceitual que funciona como critério para classificar as formações vegetais. Os estratos têm como base os tipos de plantas. • Savana: formação vegetal em geral com domínio do estrato arbustivo, mas não em todas as situações. • Floresta: formação vegetal em que o estrato arbóreo exerce o domínio. • Herbáceo: estrato composto de gramíneas e ervas, plantas formadas somente de folhas. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2
A DISTRIBUIÇÃO DAS FORMAÇÕES VEGETAIS: A QUESTÃO DA BIODIVERSIDADE
Para começo de conversa
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1. Sem dúvida o que mais influencia é o clima. Os fenômenos climáticos são os responsáveis pela distribuição desigual de umidade e temperaturas. Em altitudes diferentes a vida se manifesta de modo diverso em razão das condições climáticas, que também mudam. 2. Nas altitudes mais elevadas as condições climáticas se caracterizam pela baixa umidade e por temperaturas também baixas; esse cenário é ruim para a manifestação de formações vegetais vigorosas, em especial as florestas. 3. Nas diferentes latitudes do planeta Terra podemos encontrar (nessa escala planetária) as denominadas zonas climáticas. À medida que nos aproximamos das regiões polares, as condições climáticas vão se assemelhando àquelas das altitudes elevadas. A lógica da distribuição vegetal segue, nesse caso, portanto, a mesma lógica da distribuição em altitude. 4. As formações florestais, embora tenham no arbóreo seu estrato dominante, possui os outros dois estratos também: o arbustivo e o herbáceo. Isso favorece a variedade de espécies (a diversidade biológica). 5. Nas savanas pode-se notar a ocorrência dos três estratos, mas sem o domínio claro de nenhum deles. Isso também favorece a diversidade de espécies, e por essa razão hoje as savanas são bastante valorizadas em virtude dessa condição. 6. Nas tundras e estepes a diversidade biológica é baixa, o que decorre da não existência de outros estratos. 7. Por princípio, os biomas de maior diversidade são aqueles que possuem os três estratos e que estão em áreas propicias à adaptação de um maior número de espécies, algo que muita umidade e temperaturas elevadas ajudam a explicar. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
PESQUISA EM GRUPO
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a) Somente encaminhamento b)
Localidades megadiversas Local/Região Colômbia Continente América do Sul Hemisfério Hemisfério Sul Latitude (intervalo) Entre 0o e 20º (faixa Indonésia Ásia (Sudeste Hemisférios Sul-intertropical) Entre 0o e 20º (faixa Asiático) Norte (parte) intertropical)
c) Que uma boa parte deles está localizada na zona intertropical; eles são arquipélagos ou têm grande extensão territorial; possuem diversos ambientes que se diferenciam por altitude, como a Colômbia...
d) Se a relação fundamental que se estabelece na distribuição da vegetação ocorre segundo as condições climáticas, as mudanças climáticas que estariam sendo provocadas pelo aquecimento global terminariam por interferir nessa distribuição. Por exemplo: áreas que passam parte do ano congeladas e que somente no verão dão espaço para o surgimento de uma tundra (vegetação herbácea de pequeno porte), com
o aquecimento poderão ser palco do crescimento em extensão de outras formações vegetais. Leitura e Análise de Texto
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1. Denominamos glaciação períodos na história do planeta (na escala de tempo da natureza) em que a Terra ficou mais fria. A razão das alterações está na menor disponibilidade de energia solar nesses períodos e a diminuição deve-se, entre outros motivos, às diferentes inclinações do eixo da Terra em relação ao Sol. Tal glaciação GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
ocorreu 12 mil anos atrás e, portanto, há muito pouco tempo uma dessas situações interferiu no volume da radiação solar em nosso planeta: a Terra esfriou. Depois disso, voltou a se aquecer, quer dizer, viveu-se um período de aquecimento global, por conta da dinâmica da natureza.
2. Item 1 do texto (ampliação da análise) – Se o clima era diferente (mais frio) no auge da glaciação Würm-Wisconsin, a distribuição da vegetação era outra. Então, áreas muito quentes e de baixa umidade (desertos quentes) ficaram um pouco mais frias e com alguma umidade e puderam abrigar formações vegetais. A glaciação mudou as condições de distribuição de calor e umidade, favorecendo algumas regiões e prejudicando outras. Item 2 do texto (ampliação da análise) – Houve um esfriamento da Terra com a glaciação. As zonas polares cresceram, as zonas temperadas também, e as zonas intertropicais encolheram (a Terra permanecia com o mesmo tamanho). Uma área como São Paulo, situada nos limites da zona tropical, ficou com um clima temperado e isso fez com que formas de vegetação mais adaptadas a ambientes mais secos e um pouco mais frios ganhassem espaço com a diminuição das florestas. Item 3 do texto (ampliação da análise) – As florestas reduziram-se, com o esfriamento da Terra, às zonas equatoriais. Por isso, alguns pesquisadores se referem a refúgios. As florestas se refugiaram nas poucas áreas onde ainda havia índices elevados de temperatura e umidade. É muito interessante tentar visualizar como ficou a distribuição da vegetação nesse período, cerca de 12 mil, 10 mil anos atrás. Item 4 do texto (ampliação da análise) – Várias espécies, que rapidamente se viram habitando áreas frias que antes eram quentes, não puderam resistir a essas alterações climáticas e, por isso, desapareceram. Com o retorno da tropicalidade (devido a um novo aquecimento), elas não mais cresceram, pois nem sementes haviam sobrevivido. Esse período de esfriamento da Terra significou, portanto, uma perda de diversidade biológica que não mais se repôs, por alguns motivos: não houve tempo para isso (para o surgimento de novas espécies em quantidade); as formações que substituíram as florestas durante as temperaturas mais frias da glaciação, com a volta do aquecimento, ficaram mais vigorosas ainda; nesse período de glaciação a espécie GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
humana cresceu e aumentou seu domínio sobre o planeta e veio a se transformar em um importante elemento de remoção da biodiversidade do planeta.
3. O aumento do frio no planeta levou à diminuição da tropicalidade. Então, como a tropicalidade ocorre em virtude do nível de umidade e do nível das temperaturas (elevadas nos dois casos), ela é um “paraíso” para a multiplicação de espécies. Logo, perder a tropicalidade é diminuir o tamanho desse paraíso e o número das espécies, pois fora (“fora do paraíso”) dessas condições nem todas elas conseguem sobreviver. 4. A Terra voltou a aquecer com o aumento dos estoques de energia solar diária que incide sobre o planeta e novas alterações na biosfera se deram, como o retorno da tropicalidade para áreas das quais ela havia sido expulsa. Isso quer dizer que aqueles ambientes propícios para a proliferação de novas espécies voltaram a ser significativos em termos de extensão, só que esse “trabalho” de “produção” de novas espécies teve que se reiniciar. 5. Pode-se fazer uma comparação com o que ocorreu na fase de aquecimento global com a retomada da tropicalidade após o período da glaciação há 12 mil anos com o aquecimento global que estaríamos vivendo agora. Sabemos que no passado isso permitiu que houvesse uma retomada da tropicalidade para o ponto em que ela está agora e, com mais um incremento no aquecimento, a tropicalidade poderia avançar mais ainda para zonas temperadas, mas também o excesso de calor poderia elevar o nível dos oceanos, diminuir as áreas continentais, ampliar a extensão de desertos quentes e secos etc. Estamos, no momento, sob um nível intenso de especulações sobre o que poderia resultar desse aquecimento global atual. 6. Sim, pode-se afirmar, afinal houve perda de tropicalidade, isto é, das condições ambientais mais propícias para a multiplicação da vida e do número de espécies. 7. Não se recompôs por dois motivos: primeiro, não havia sobrado sequer sementes e, segundo, as espécies que se adaptaram às condições mais frias da glaciação não deixaram o terreno que ocupavam com o retorno da tropicalidade, mas, ao contrário, ficaram mais fortes (mais competitivas) com a maior disponibilidade de água. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
Leitura e Análise de Mapa
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1. Trata-se de um mapa qualitativo, pois ele distingue dois fenômenos: desertificação e desflorestamento, e é também um mapa ordenado, porque no interior desses dois fenômenos ele cria uma ordem de moderado para elevado. 2. Os índices estão ordenados de moderados a elevados, por meio das tonalidades das cores verde e alaranjado (escolhidas para representar desflorestamento e desertificação, respectivamente). 3. O uso da cor verde é polêmico, afinal, por costume, um dos significados espontâneos que se atribuem ao verde é o de representar vegetação. Logo, usar o verde-escuro para mostrar as áreas onde há mais remoção de floresta é discutível. 4. Aguarde para breve. 5. A desertificação é o avanço de ambientes em que a vida se torna muito difícil em razão principalmente da perda da umidade (isso pode se dar em condições de temperaturas muito frias ou então muito quentes). Tal avanço é em geral provocado por causas naturais, mas atualmente quem contribui para isso é o ser humano, que está acelerando esse processo em determinadas áreas. 6. De certo modo é. Afinal, trata-se de uma área semiárida (baixo teor de umidade e muito quente) que é excessivamente povoada para as suas condições. Há uma sobrecarga de ocupação num ambiente frágil que pode desequilibrar-se e tornar-se desértico. PESQUISA EM GRUPO
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Seguindo o roteiro de análise do mapa:
• Trata-se de um mapa atual, logo o desflorestamento é mais grave em áreas em que ainda existem florestas. O mapa trabalha com dados relativos e, nas áreas de grandes florestas, como na Amazônia, mesmo que haja grande desflorestamento em termos relativos isso não significa tanto, diferentemente do que ocorre nas áreas em que as florestas não são tão vastas, a exemplo dos casos assinalados na Europa, na costa GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
ocidental da África ou na costa oriental da China. Por outro lado, a desertificação é grave nas proximidades das zonas onde as condições climáticas já são difíceis e já há deserto, como se pode observar ao sul do Saara.
• Há desflorestamento tanto nas zonas temperadas quanto nas tropicais, mas perde-se mais biodiversidade quando o desmatamento ocorre em zonas tropicais, uma vez que as florestas de ambos os domínios são distintas. • As florestas temperadas encontram-se na Europa do Leste, especialmente, nos EUA (América do Norte) e na China. As tropicais estão principalmente no Brasil (no norte da América do Sul) e na América Central. • As zonas de desflorestamento mais acelerado são de fato áreas bastante povoadas, mas isso não é condição necessária para o desflorestamento que pode dar-se sem um povoamento que o justifique. Esse é o caso a que estamos assistindo na Amazônia, onde o desmatamento está associado à venda da madeira, por exemplo. • O desmatamento da Amazônia aparece como moderado em razão da imensidão da floresta. Desmata-se muito, mas em virtude da sua escala geográfica isso ainda não pesa tanto, mas passará a pesar se o ritmo atual se mantiver. Por isso, a necessidade de combater o desflorestamento. • A princípio trata-se de uma região que apresenta dificuldades naturais para a manifestação da vida vegetal, uma área identificada como um ambiente frágil. Nesse caso, a desertificação possivelmente se dá em decorrência de motivos naturais, mas nas áreas povoadas e utilizadas pelos grupos humanos esse processo pode se acelerar e, então, pode-se referir à desertificação provocada também pela ação humana. • Há, sim, e isso é nítido na região do Nordeste brasileiro. Nessa a área a parte oriental (no litoral e um pouco mais para o interior) sofre intenso desmatamento – tanto da Mata Atlântica quanto das matas mais interiores, até chegar à borda da Caatinga, que é uma savana, o que certamente repercute no Semiárido, domínio das caatingas. Na verdade, certo modelo de descuido com as condições da biosfera caracteriza essa região, como de resto o país todo. • Levando-se em conta a escala planetária, o mapa nos apresenta uma situação grave. São várias e extensas as zonas críticas que atingem a maioria das terras emersas, dado que as áreas assinaladas como as de pouca degradação são justamente aquelas GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
nas quais a densidade demográfica é sempre baixa (caso do Canadá, do interior norte da Rússia, da região do Deserto do Saara).
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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3
AS VARIAÇÕES DE ESCALA GEOGRÁFICA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS
Para começo de conversa
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1. O sistema produtivo do ser humano é ao mesmo tempo um sistema predador, devido ao fato de que, após o uso de recursos naturais (matérias-primas, solo, água, vegetação etc.), as condições originais dos ambientes naturais não são repostas. A essa diferença entre as condições originais e o quadro que ficou após a presença e a produção humana chamamos de “impacto ambiental”. 2. Uma ação humana, como o desmatamento de uma grande floresta ou, então, a poluição de um rio, gera impacto ambiental para além da área onde foi realizada a intervenção. A escala geográfica dos impactos não é a mesma da ação. Por exemplo: a emissão de CO2 na atmosfera feita num país pode afetar o clima do planeta inteiro. 3. Os eventos catastróficos naturais também podem ter seus impactos ampliados para além dos pontos onde ocorrem. Esse é o caso de uma erupção vulcânica, cujos efeitos podem chegar à escala continental, ou mesmo planetária (emissão de CO2, de outros gases e vapor d’água na atmosfera). Mas, em geral, as catástrofes naturais não têm um alcance escalar muito amplo. 4. Um terremoto pode “impactar” uma vasta região no entorno do seu epicentro. Por exemplo, nalguma medida pode-se sentir no Brasil um terremoto que ocorre na Cordilheira dos Andes. No entanto, esses impactos vão se enfraquecendo à medida que aumenta a distância do epicentro. O furacão, por sua vez, é um fenômeno móvel e, portanto, sua área de impacto pode ser muito grande. Por outro lado, as tempestades que ele provoca podem produzir enchentes nas terras emersas em áreas por onde o furacão não passou. Do mesmo modo que os terremotos, os furacões diminuem seus impactos conforme aumenta a distância. No caso de uma erupção de vulcão, seus impactos mais importantes ficam circunscritos a uma escala regional, mas, dependendo do volume de material expelido (e do modo como foi expelido), ele pode gerar impactos no sistema atmosférico global. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
5. Via de regra, terremotos, vulcanismo e furacões não ocorrem no Brasil (terremotos, sim, embora poucos e de baixo impacto), mas acontecem no oeste da América do Sul com grande intensidade (terremotos e vulcanismo) e isso pode causar alguns impactos no Brasil, embora leves, o que mostra como esses eventos não geram impactos de escala geográfica muito ampla. Leitura e Análise de Quadro
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1. Um terremoto que ocorre no Peru será notado em São Paulo, mas apenas por medições em aparelhos. Dificilmente será notado pela população, pois os seus impactos perceptíveis não chegam a tão longe. 2. As erupções vulcânicas, porque estas podem despejar material na atmosfera, que é um sistema em grande movimento e pode espalhar esses materiais e produzir alterações climáticas em áreas muito distantes. 3. É certo, sim. Para nós, embora tenhamos por aqui pequenos e raros terremotos, os eventos catastróficos citados são sempre fenômenos de outras zonas distantes do território brasileiro. Eles são de fato externos. 4. As ações de um grupo social, de uma sociedade, em especial as maiores e mais poderosas, têm força, sim, para atingir a escala mundial. É só observar como o poder financeiro dos EUA interfere na economia de todos os países do planeta. Esse é apenas um exemplo entre muitos outros possíveis. 5. Não necessariamente, porque determinadas sociedades possuem forças distintas. Os países denominados, segundo certo ponto de vista, potências são justamente aqueles que têm maior capacidade de fazer suas ações e interesses repercutirem em escala mundial. Outros países, de menor poder econômico, no entanto, já não possuem tanta força. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
6. Comparando a escala geográfica das ações humanas
Agrupamentos humanos Escala Transformações no espaço Grupo indígena Local Pequenas
Regional e Global
Muitas, com a construção de novos espaços
Sociedade moderna
7. Sem dúvida as ações com origem na sociedade estadunidense chegam ao Brasil. Suas indústrias e bens estão por aqui em grande quantidade; e sua “indústria cultural” também, por intermédio do cinema, dos programas de televisão. Para alguns segmentos sociais no Brasil fica difícil, até mesmo, separar onde termina a cultura americana e onde começa a nossa. PESQUISA INDIVIDUAL
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A ideia aqui é refletir sobre as Situações de Aprendizagem, acrescentar mais informações, por meio de pesquisas breves (os estudantes podem utilizar os livros didáticos a que tiverem acesso), e, na sequência, produzir um texto que deve organizar-se em torno destas questões propostas: integração dos impactos das ações humanas com fenômenos naturais; e o papel do clima como amplificador escalar dos impactos de eventos catastróficos em outras esferas.
Um modelo de texto pode abordar a grande emissão de CO2 na atmosfera, promovida pelo ser humano, que tem seus efeitos amplificados pelo sistema atmosférico (dinâmica climática), e, por meio desse exemplo, podemos enxergar: 1. A integração de fenômenos humanos e seus impactos com sistemas naturais que vão modificar tais impactos; 2. Ampliação dos impactos promovida pelo sistema atmosférico. Outros casos podem ser lembrados: o desmatamento feito pelo ser humano que também causa
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impacto nas condições climáticas; a emissão de material nocivo na atmosfera que é feita num determinado ponto e pode atingir a vida em lugares distantes etc.
Leitura e Análise de Texto
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1. O sistema atmosférico é um amplificador da escala geográfica dos impactos de certos eventos naturais e humanos por tratar-se de um sistema móvel capaz de transportar material gasoso e particulado de uma localidade para outras bastante distantes. 2. Não possuem, não. São fenômenos de ordem e qualidade diferentes, e obedecem a outras lógicas. Assim, existem ações humanas que chegam facilmente à escala mundial, o que é raro para eventos naturais. Outro aspecto interessante: o ser humano foi mudando a escala de suas ações, ao passo que os eventos naturais mantêm sua escala (a natureza não muda). Leitura e Análise de Mapa
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1. Esse é um mapa quantitativo e ordenado. Mostra quantidades e ordena um processo específico – do mais intenso para o menos intenso. 2. O recurso visual utilizado para ordenar o fenômeno do consumo de energia foi uma gradação das tonalidades do laranja (do laranja-escuro até um laranja-amarelo). Nos pontos em que o laranja tiver mais pigmentação, estiver mais escuro, é porque é mais intenso o fenômeno e, para um tipo de fenômeno, uma cor (uma gradação de tonalidades). 3. Com círculos proporcionais ao tamanho do consumo. Essa é a dimensão quantitativa do mapa. Quanto maior o círculo sobre o país, maior o consumo de energia. Em cartografia, trata-se da variável visual-tamanho. 4. É correto, sim. O Brasil tem um consumo absoluto superior a vários dos países europeus, em razão de seu tamanho e do tamanho da população, mas em termos relativos a realidade é outra. É só verificar a dimensão ordenada do mapa para ver que praticamente todos os países europeus consomem mais energia por pessoa do GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
que o mesmo índice para o Brasil. Chama atenção o caso dos países nórdicos (Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia), que têm um consumo per capita e absoluto elevado de energia. São países de zonas frias e a falta de energia calorífera tem que ser compensada com o engenho humano.
5. Pelos dados do mapa, espera-se que os alunos percebam que, em termos absolutos impressiona o consumo dos EUA, que é superior ao da China, um país que tem uma população mais de quatro vezes maior. Vários países europeus, bem pequenos, com populações que não chegam aos 100 milhões, quase se equiparam ao consumo da Índia, que tem mais de 1 bilhão de habitantes. Em termos relativos, além dos já citados países nórdicos, também os EUA, o Canadá e a Austrália se destacam como áreas grandes consumidoras de energia por pessoa. Desafio!
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A atividade propõe que os grupos analisem os diversos materiais e as reflexões das Situações de Aprendizagem. A reflexão é comparativa. O mapa mostra o consumo de energia. Esse consumo pressupõe geração de energia e sabemos que, nesse caso, as fontes mais utilizadas são as fósseis (petróleo, carvão). Quem consome muito obriga a muita geração e termina por ser responsável por elevadas emissões de CO2. Existe essa relação e ela é bem direta: os EUA são o maior consumidor de energia em termos absolutos e em termos relativos, tornando-os os maiores emissores de CO2 no sistema atmosférico. Ao se fazer uma comparação com as emissões naturais, algo já chama atenção: as emissões de materiais particulados e de CO2 em razão de uma erupção vulcânica são eventuais, embora em bastante quantidade. Enquanto isso, a emissão por parte do ser humano é constante. O mapa mostra o ano de 2004 e, anteriormente, a emissão era menor, em termos (os avanços tecnológicos, mesmo com o aumento da produção e do consumo de energéticos fósseis, diminuíram relativamente as emissões). Agora, ela tende a crescer, por um lado, e pelo lado dos avanços tecnológicos deve ser relativamente mais baixa. Então, é bem diferente o caso das emissões naturais, que são repentinas e logo se interrompem. Porém, essas emissões eventuais da natureza ocorrem numa escala de tempo muito mais ampla, pois são constituidoras da própria “forma
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atual” da atmosfera. A intenção, nesse desafio, é realmente de fazer o estudante ficar comparando e percebendo as diferenças de ritmo, de tempo e de volume das emissões humanas e da natureza. Isso é bom para mostrar a diferença entre a natureza e a ação do humano.
LIÇÃO DE CASA Página 30
Na proposta deste texto organizou-se o tema em forma de dois esquemas que procuram sintetizar as lógicas que percorrem a natureza e a ação do humano nos sistemas naturais, que foram reproduzidas nas Situações de Aprendizagem.
O modo como os esquemas estão construídos podem funcionar como um plano de redação, o que é necessário preservar, tendo em vista a importância de manter as ideias organizadas. Assim, o primeiro propósito é fazer o estudante compreender que consumir energia é indispensável, mas que isso resulta em impactos ambientais e que esses impactos podem ser medidos segundo suas escalas geográficas de abrangência e segundo suas chances de serem amplificados pelo sistema atmosférico (condições climáticas). O segundo esquema trata-se de apenas uma variação do primeiro, com a atenção voltada para as escalas (nos impactos), mas propondo-se uma abertura da discussão sobre o tema do aquecimento global. Nesse momento o importante é o aluno estabelecer as relações. Se ele acertar, melhor, mas não há grandes problemas se errar. O grave mesmo é não perceber nem conseguir fazer relações de qualquer tipo.
Leitura e Análise de Texto
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1. Os fenômenos climáticos resultam de múltiplas interações. Pode-se dizer que eles pertencem a um sistema aberto: o sistema atmosférico que recebe um grau elevado de influências, e que, portanto, é suscetível a variadas influências em diversas escalas. As influências podem vir do relevo, do nível de radiação solar, da ação humana etc. Tudo isso justifica afirmar que eles são fenômenos complexos. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
2. Há controvérsia, sim, embora essa tese seja tão repetida que parece não restar dúvidas, mas restam, seguramente. Um dos motivos é que não se sabe bem se a escala de intervenção humana no sistema atmosférico seria suficiente para promover mudanças do quilate que se apregoa. Se as medições atuais estão no quadro “normal” de variações climáticas ou se trata realmente de outro evento (a ação humana). Por outro lado, os especialistas não estão de acordo e há muitos fatores de ordem não científica interferindo nas discussões. De todo modo, o indiscutível é que é necessário verificar a hipótese do aquecimento global e saber também o quanto o ser humano e suas emissões estariam implicados nessa questão. 3. O nível de emissão de CO2 tem-se elevado muito (e o ser humano teria responsabilidade nisso) e, com isso, o sistema atmosférico estaria retendo mais calor da radiação solar, o que provocaria a elevação das temperaturas, até mesmo em áreas como as regiões polares. Em decorrência disso o derretimento de geleiras e a elevação do nível dos oceanos, o que poderá resultar em inundações de áreas litorâneas e um conjunto de outros desdobramentos. Enfim qualquer relato que consiga relacionar a hipótese do aquecimento às suas consequências será valioso. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4
A DEFESA DE PONTOS SENSÍVEIS DO MEIO AMBIENTE: OS TRATADOS SOBRE O CLIMA E A BIODIVERSIDADE
Para começo de conversa
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1. As questões ambientais não são tratadas como assuntos internos dos países, ao contrário, são consideradas temas de interesse internacional. Isso porque a falta de cuidados com o ambiente em um país afeta outras escalas. Por exemplo: a emissão de CO2 de um país afeta o sistema atmosférico como um todo e prejudica a esfera internacional. 2. Sim, há vários protestos contra os países amazônicos, por estes permitirem seu desmatamento acelerado. Esses protestos se justificam, pois o desmatamento da floresta trará prejuízos a todos e não só aos países ditos amazônicos. 3. O governo brasileiro pode reagir negativamente, mas sente-se obrigado a explicar-se, visto que a mera reação negativa pode implicar prejuízos maiores, pois financiamentos internacionais e relações comerciais podem sofrer retaliações. Leitura e Análise de Texto
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1. O desmatamento não se coaduna com a Convenção sobre Diversidade Biológica, que é um tratado internacional assinado pelo Brasil, em 1992, no Rio de Janeiro. O tratado foi transformado em lei brasileira, a qual enquadra várias situações de desmatamento que ocorrem no Brasil como ilegais e, caso tais situações estiverem sendo negligenciadas pelo governo brasileiro, ele próprio estaria desrespeitando uma lei tão importante. 2. Alternativa b. Há avanços na produção de tratados internacionais, o que faz da questão ambiental algo que está sob o compromisso de uma esfera internacional, o que é sem dúvida um avanço. GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
PESQUISA EM GRUPO
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Pesquisa 1
A proposta dessa pesquisa aborda alguns exemplos de institucionalização (uma solidificação em prol da questão ambiental) da defesa do meio ambiente. Em especial, neste caso, aquelas ligadas a um dos temas mais importantes na questão ambiental global: a diversidade biológica. Ainda mais, conferências ocorreram, acordos e tratados foram assinados, e criaram-se entidades . Em decorrência de tudo isso, é preciso dessa cultura para saber quais os atores envolvidos na questão ambiental e também é importante distinguir as instituições cuja ação se dá na escala nacional e/ou regional daquelas que se organizaram para atuar na escala global; além disso, é necessário mostrar as diferenças entre as instituições (e os tratados e acordos) segundo as funções e os temas de que tratam. Somando-se as pesquisas realizadas pelos diversos grupos, pode-se chegar a um bom painel desse quadro, agora global, de defesa do meio ambiente.
Pesquisa 2
Do mesmo modo que a pesquisa proposta anteriormente, é importante conhecer como está se dando a organização na esfera internacional do combate às mudanças climáticas, que derivariam do aquecimento global (este por sua vez ocorreria em razão principalmente do aumento do nível de emissão de CO2 provocado pelo ser humano). A ideia é pesquisar tudo o que se fez nesse campo até chegar ao Protocolo de Quioto. Cada grupo pode se encarregar de um encontro internacional, de uma instituição, e assim por diante. Atualmente existe material farto a respeito, até mesmo nos livros didáticos e nos atlas a que os estudantes têm acesso. O importante é que as pesquisas organizem as informações e sirvam para identificar os problemas existentes.
GABARITO Caderno do Aluno Geografia – 1a série – Volume 4
LIÇÃO DE CASA Página 37
1. É importante estimular os estudantes para que prossigam construindo um glossário (algo que foi sugerido lá na primeira Situação de Aprendizagem). Essa prática tem grande eficiência no processo de construção da aprendizagem. 2. Alternativa e. Na Rio-92, a questão das mudanças climáticas já sensibilizava muita gente e várias instituições. Ela é um marco nessa área de ação em defesa do meio
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