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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Estrutura geológica da Terra

Estrutura geológica da Terra

Objetivo: esta lição tem como objetivo mostrar a evolução do planeta Terra, a escala do tempo que levou a sua formação, bem como a estrutura física do planeta.

Qual a origem da Terra?

Muitos cientistas e físicos ao longo do tempo tem formado teorias para explicar a origem da Terra. Os mais notáveis físicos são de acordo com uma teoria, que é a que se segue:

1. há cerca de 4,6 bilhões de anos, originou-se primeiro o sol através de uma densa nuvem de poeira e gás que se contraiu, formando não só o sol mas outros planetas.

2. com a radioatividade das rochas algumas partes da Terra se derreteu. O níquel e o ferro se fundiram formando o núcleo, enquanto na superfície ficou um oceano de rochas incandescentes.

3. a Terra primitiva sofreu um resfriamento, os vulcões entraram em erupção emitindo gases que formaram a atmosfera, por sua vez originando matéria orgânica e água.

4. há cerca de 3,5 bilhões de anos, grande parte da crosta terrestre já estava formada, mas bem diferente da atual.

Para a formação atual, continentes e ilhas, levou-se milhões de anos, pois por volta de 3,5 bilhões de anos atrás a Terra estava dividida em um só continente.




Escala geológica do tempo

Para se entender a estrutura da Terra é necessário também, o conhecimento do tempo geológico.

A escala geológica do Tempo está dividida em Eras, que se dividem em Períodos, e estes se dividem em Épocas.

A primeira Era é a chamada Pré-cambriana, que se divide em três períodos:

- Azóica: por volta de 4,5 bilhões de anos atrás, esse período é marcado pela não existência de vida, esse período durou bilhões de anos.

- Arqueozóica e Proterozóica: nesse período passaram a surgir os seres unicelulares e invertebrados (algas e bactérias). Formação das rochas magmáticas. Existência de dois continentes: Árqueo-ártico e Indo-afro-brasileiro.

A Era Paleozóica está dividida nos períodos: Permiano, Carbonífero, Devoniano, Siluriano, Ordoviciano e Cambriano.

Nestes períodos houve a existência de rochas sedimentares e metamórficas. Existência de cinco continentes: Indo, Afro, Brasileiro (Gondwana), Terra Canadense e Terra Siberiana. Surgiu os peixes e os primeiros répteis.

A próxima Era foi a Mesozóica, dividida pelos períodos Cretáceo, Jurássico e Triássico. Surgiram mamíferos e aves; répteis gigantescos (dinossauros); grandes florestas; e rochas sedimentares e vulcânicas.

Já na Era Cenozóica existem dois períodos, Quaternário e Terciário. Este último tem cinco épocas: Plioceno, Mioceno, Oligoceno, Eoceno e Paleoceno. Neste período houve o desenvolvimento dos mamíferos e fanerógamos. Os répteis gigantes foram extintos, formou-se as bacias sedimentares.

No período do Quaternário existem duas épocas: Holoceno e Pleistoceno. Houve neste período a glaciação no hemisfério norte; delineamento dos atuais continentes; formação das bacias sedimentares recentes; aparecimento do homem.

Estrutura da Terra

A Terra é constituída por materiais sólidos, líquidos e gasosos, que se acham dispostos em camadas concêntricas.

De dentro para fora, as camadas da estrutura da Terra são: núcleo ou barisfera, manto, sima ou sial que forma estrutura interna; litosfera, hidrosfera e atmosfera formam a estrutura externa.

Estrutura interna

A estrutura interior da Terra é formado por três camadas principais:

- camada externa (crosta terrestre)
- manto ( ou camada intermediária)
- o núcleo






















Núcleo

Parte mais interna do planeta. Pode ser dividido em núcleo externo e interno.

O núcleo externo, comporta-se como liquido apesar de sua composição metálica, admiti-se que seus componentes estão em estado de fusão. Estende-se de 2.900 km até 5.100 km.

O núcleo interno vai desde 5.100 km até o centro da Terra.

O núcleo da Terra é constituído por ferro e níquel.

A temperatura atinge a 4.000/5.000 C.

Manto

Trata-se de uma camada intermediária situada acima do núcleo. Tem uma espessura aproximada de 2.900 km, sua composição é de rochas ultrabásicas. Boa parte dos fenômenos que afetam a crosta terrestre tem origem na parte superior do manto.

* Magma é uma matéria em estado de fusão (pastoso), que constitui boa parte do núcleo e do manto.

Crosta terrestre

Representa apenas 1% da massa do planeta. Sua origem ocorreu a partir do resfriamento do magma; sendo portanto, a camada superficial.

Podemos dividir a crosta terrestre(litosfera) em três camadas diferentes:

- camada sedimentar superficial: constituída por rochas sedimentares que, em certos lugares pode atingir vários metros de espessura, já em outros desaparece.

- camada granítica intermediária: é constituída por rochas cuja composição é semelhante ao granito. Essa camada também é chamada de Sial.

- camada basáltica inferior: é bastante semelhante ao basalto. É também chamada de Sima.

Estrutura externa

É formada por: litosfera, hidrosfera e atmosfera.

Litosfera

A litosfera ou crosta terrestre, a parte consolidada da Terra, é formada por rochas e minerais. É todo estrato e substrato rochoso, que constitui o relevo submarino e os continentes e ilhas.

Hidrosfera

A hidrosfera é formada pelas águas oceânicas e águas continentais, incluindo os lençóis subterrâneos e o vapor aquoso da atmosfera.

Atmosfera

A atmosfera é a camada de ar ou envoltório gasoso que cobre a Terra.

Agentes estruturais

As modificações que ocorrem no relevo terrestre tem origem na ação de poderosas forças que podem vir do interior, como da própria superfície do planeta. Essas forças são chamadas de agentes do relevo.

Os agentes do relevo podem ser, dependendo da origem:

- internos ou estruturais, pois modificam a superfície alterando a sua estrutura.

Estes agem esporadicamente, mas com grande intensidade. São causados pelos movimentos da tectônica de placas.

- externos ou esculturais, pois modificam a superfície sem alterar a sua estrutura. Estes são de menor intensidade, mas atuam com mais freqüência.

Falaremos um pouco sobre os agentes estruturais.

Tectônica de placas

A palavra tectônica vem do radical grego tektoniké, que significa arte de construir. Um nome bem apropriado, pois essa teoria tem por objetivo demonstrar que a crosta terrestre se movimenta sobre o magma. Atualmente a crosta terrestre está dividida em doze placas tectônicas. Essas placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, fazendo alterações no relevo ao longo de milhares de anos.

Tectonismo pode ser dito como os movimentos longos e prolongados da crosta terrestre, em virtude dos movimentos das placas tectônicas.


Cadeias montanhosas de margem
Ocorrem quando se verifica a colisão de placas com predominância de esforços compressivos nos bordos das margens. de acordo com os vários tipos de margem a forma como se verifica a colisão existem:
- as cadeias de subducção
- as cadeias de obducção
- as cadeias de colisão

Durante várias décadas foram aceites várias teorias explicativas da dinâmica da Terra. O neptunismo defendia que a superficie da Terra resultou de um recuo gradual das aguas, os defensores do catastrofismo acreditam que o nosso planeta foi sujeito a grandes catástrofes, como inundações, vulcanismo...mais tarde surge o uniformitarismo, em que "o passado é a chave do presente", os fenómenos que ocorrem actualmente são idênticos aos que ocorreram anteriormente, e ainda o permanentismo, o seu impulsionador acreditava que os continentes e os oceanos permaneciam inalterados desde a sua formação.







Paleomagnetismo e expansao dos fundos oceânicos
A Terra, tal como a maior parte dos planetas do sistema solar, possui um campo magnético natural. Este campo magnético é responsável pela orientação da agulha magnetizada de uma bússola. O campo magnético terrestre pode ser comparado a um dipolo geocêntrico, estando as linhas de força originadas por este campo magnético distribuídas no espaço como se um íman estivesse situado no centro da Terra, cujo Pólo Sul estaria localizado no hemisfério norte.
As linhas de força originadas pela acção de um campo magnético podem ser observadas quando se coloca limalha de ferro sobre uma cartolina que esteja sobre um íman. Quando deslocamos a cartolina com a limalha de ferro sobre o íman, verificamos que cada partícula constituinte da limalha de ferro se orienta segundo as linhas de força do campo magnético actuante.


Movimentos verticais da litosfera - Equilíbrio isostático
A primeira chave para explicar esses movimentos verticais surgiu em 1735, quando Pierre Bouguer, o líder da expedição de estudos de gravimetria dos Andes, verificou que um peso de chumbo não sofria o desvio esperado considerando a atração da massa da cadeia montanhosa. Esse mesmo fenómeno foi observado em outras cadeias de montanhas, verificando-se em alguns lugares que o peso de chumbo era defletido na direção oposta a das cadeias de montanhas. A explicação para essas “anomalias gravitacionais” seria explicado mais de um século depois pela Teoria da Isostasia.

Movimentos horizontais da litosfera
Os movimentos horizontais da litosfera causa a formaçao de grndes estruturas geológicas como:
- as dorsais oceânicas
- os arcos insulares intra-oceânicos
- os riftes continentais
- as bacias sedimentares
- as cadeias montanhosas

Arcos-insulares
Conjunto de alinhamentos de ilhas vulcânicas que se encontram associadas a uma fossa submarina paralela ao alinhamento das ilhas, onde ocorrem fenómenos sismicos e vulcânicos.


Riftes continentais
Processo que permite compensar a destruição da litosfera que ocorre nas zonas de subducção. Ocorre um estiramento da crusta continental, esta fragmenta-se em porções separadas por falhas normais (o tecto desce em relação ao muro), verificando-se o abatimento dos blocos correspondentes.
















Bacias sedimentares
Uma bacia sedimentar corresponde a uma depressão topográfica normalmente de origem tectónica, preenchidas por depósitos constituidos na sua maioria por rochas sedimentares, ocupando áres vastas da crusta terretre.

Cadeias montanhosas
Sempre que o processo de convergência de placas não é equilibrado por um processo de subducção total , ocorrem esforços compressivos levando à ocorrência de processos de deformação, se esta deformação for contínua origina uma cadeia de montanhas.
















Cadeias de subducção
Ocorrem em situações em que a placa oceânica subducta em relação à placa continental. Em profundidade dá-se a formação de magma que ascende à superficie formando uma adei montanhosa como é o caso do Andes Peruanos.




























Cadeias de obducção
Ocorre quando a placa oceânica é menos densa que a continental e esta sofre cavalgamento. É uma situação inversa da subducção. Um exemplo deste fenómeno é omã (Peninsula arábica).


Cadeias de colisão
Ocorrem quando se dá uma aproximação e posterior colisão de duas placas continentais. Este processo divide-se em dois estádis principais:
- desaparecimento do domínio oceânico
- colisão entre as duas margens continentais
Um exemplo deste fenómeno é a cordilheiras dos Himalaias.











































"Relógios" sedimentologicos
A litostratigrafia é uma subdisciplina da estratigrafia que tem por finalidade a descrição e organização sistemática das rochas da crusta terrestre.

























Princípios estratigráficos fundamentais
-Princípio da sobreposição (qualquer camada rochosa é mais recente que o seu muro)
-Princípio da horizontalidade (os estratos encontram-se na horizontal separados pó juntas paralelas)
-Princípio da intersecção (qualquer rocha intersectada é mais antiga que a intersecção)
-Princípio da inclusão (qualquer inclusão é mais antiga que a rocha que a contém)
-Princípio da continuidade lateral(qualquer estrato tem a mesma idade independente da sua distribuição horizontal)
-Princípio da identidade paleontológica (estratos com o mesmo conteúdo fóssil têm a mesma idade)





Tabela cronostratigráfica
A estratigrafia procura estabelecer o ordenamento temporal dos acontecimentos geológicos ocorridos numa região e relacioná-los com outros identificados noutras regiões. Deste modo, é fundamental introduzir no registo estratigráfico a dimensão do tempo. O ordenamento das rochas no tempo é objecto de estudo de um ramo da estratigráfia denominado cronostratigráfia.




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TECTÔNICA DE PLACAS

Tectônica de placas (do grego τεκτονικός relativo à construção) é uma teoria da geologia, desenvolvida para explicar o fenômeno da deriva continental, sendo a teoria atualmente com maior aceitação entre os cientistas que trabalham nesta área. Na teoria da tectônica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido super-aquecido e extremamente viscoso, mas em resposta a forças repentinas, como os terremotos, comporta-se como um sólido rígido.

A teoria da tectônica de placas surgiu a partir da observação de dois fenômenos geológicos distintos: a deriva continental, identificada no início do século XX e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60 e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra (comparável no seu alcance com o desenvolvimento da tabela periódica na Química, a descoberta do código genético na Biologia ou à mecânica quântica na Física).
Princípios chave
A divisão do interior da Terra em litosfera e astenosfera baseia-se nas suas diferenças mecânicas. A litosfera é mais fria e rígida, enquanto que a astenosfera é mais quente e mecanicamente mais fraca. Esta divisão não deve ser confundida com a subdivisão química da Terra, do interior para a superfície, em: núcleo, manto e crosta.

Placas tectônicas
O princípio chave da tectônica de placas é a existência de uma litosfera constituída por placas tectônicas separadas e distintas, que flutuam sobre a astenosfera. A relativa fluidez da astenosfera permite que as placas tectônicas se movimentem em diferentes direções.
Abaixo listam-se as principais placas tectônicas, existindo ainda várias numerosas placas menores.






















• Placa Africana
• Placa da Antártida
• Placa Euro-asiática
• Placa Norte-americana
• Placa Sul-americana
• Placa do Pacífico
• Placa Australiana

As placas contactam umas com as outras ao longo dos limites de placa, estando estes comumente associados a eventos geológicos como terremotos e a criação de elementos topográficos como cadeias montanhosas, vulcões e fossas oceânicas. A maioria dos vulcões ativos do mundo situa-se ao longo dos limites de placas, sendo a zona do Círculo de Fogo do Pacífico a mais conhecida e ativa. Estes limites são apresentados em detalhe mais adiante.
As placas tectônicas podem incluir crosta continental ou crosta oceânica, sendo que, tipicamente, uma placa contém os dois tipos. Por exemplo, a placa Africana inclui o continente africano e parte dos fundos marinhos do Atlântico e do Índico. A parte das placas tectônicas que é comum a todas elas, é a camada sólida superior do manto que se situa sob as crostas continental e oceânica, constituindo conjuntamente com a crosta a litosfera.
A distinção entre crosta continental e crosta oceânica baseia-se na diferença de densidades dos materiais que constituem cada uma delas; a crosta oceânica é mais densa devido às diferentes proporções dos elementos constituintes, em particular do silício. A crosta oceânica é mais pobre em sílica e mais rica em minerais maciços (geralmente mais densos), enquanto que a crosta continental apresenta maior percentagem de minerais fílmicos (em geral menos densos).
Como conseqüência, a crosta oceânica está geralmente abaixo do nível do mar (como, por exemplo, a maior parte da placa do Pacífico), enquanto que a crosta continental se situa acima daquele nível.

Tipos de limites de placas
São três os tipos de limites de placas, caracterizados pelo modo como as placas se deslocam umas relativamente às outras, aos quais estão associados diferentes tipos de fenômenos de superfície:
• Limites transformantes ou conservativos - ocorrem quando as placas deslizam ou mais precisamente roçam uma na outra, ao longo de falhas transformantes. O movimento relativo das duas placas pode ser direito ou esquerdo, consoante se efetue para a direita ou para a esquerda de um observador colocado num dos lados da falha.

• Limites divergentes ou construtivos – ocorrem quando duas placas se afastam uma da outra.

• Limites convergentes ou destrutivos – (também designados por margens ativas) ocorrem quando duas placas se movem uma em direção à outra, formando uma zona de subducção (se uma das placas mergulha sob a outra) ou uma cadeia montanhosa (se as placas simplesmente colidem e se comprimem uma contra a outra).
Há limites de placas cuja situação é mais complexa, nos casos em que três ou mais placas se encontram, ocorrendo então uma mistura dos três tipos de limites anteriores
Limites transformantes ou conservativos:
O movimento lateral esquerdo ou direito entre duas placas ao longo de uma falha transformante pode produzir efeitos facilmente observáveis à superfície. Devido à fricção, as placas não podem pura e simplesmente deslizar uma pela outra. Em vez disso, a tensão acumula-se em ambas placas e quando atinge um nível tal, em qualquer um dos lados da falha, que excede a força de atrito entre as placas, a energia potencial acumulada é libertada sob a forma de movimento ao longo da falha. As quantidades maciças de energia libertadas neste processo são causa de terremotos, um fenômeno comum ao longo de limites transformantes.
Um bom exemplo deste tipo de limite de placas é o complexo da falha de Santo André, localizado na costa oeste da América do Norte o qual faz parte de um complexo sistema de falhas desta região. Neste local, as placas do Pacífico e norte-americana movem-se relativamente uma à outra, com a placa do Pacífico a mover-se na direção noroeste relativamente à América do Norte. Dentro de aproximadamente 50 milhões de anos, a parte da Califórnia situada a oeste da falha será uma ilha, próxima do Alasca.
Deve salientar-se que a verdadeira direção de movimento das placas que se encontram numa falha transformante como a de Santo André, muitas vezes não coincide com o seu movimento relativo na zona de falha. Por exemplo, segundo os dados obtidos a partir de medições efetuadas por GPS, a placa norte-americana move-se para sudoeste quase perpendicularmente à placa do Pacífico enquanto esta se move mais em direção a oeste relativamente ao movimento para noroeste ao longo da falha de Santo André . As forças compressivas resultantes são dissipadas por soerguimentos na maior zona de falha. Os dobramentos presentes nesta zona, bem como a própria falha de Santo André no sul da Califórnia, são o provavelmente resultado de estiramento crostal na região da Grande Bacia, sobreposto ao movimento global da placa norte-americana. Alguns geólogos especulam sobre o possível desenvolvimento de um rift na Grande Bacia, uma vez que a crosta nesta zona está a adelgaçar-se de forma mensurável.
Limites divergentes ou construtivos:
Nos limites divergentes, duas placas afastam-se uma da outra sendo o espaço produzido por este afastamento preenchido com novo material crostal, de origem magmática. A origem de novos limites divergentes é por alguns associada com os chamados pontos quentes. Nestes locais, células de convecção de grandes dimensões transportam grandes quantidades de material astenosférico quente até próximo da superfície e pensa-se que a sua energia cinética poderá ser suficiente para produzir a fraturação da litosfera. O ponto quente que terá dado início à formação da dorsal meso-atlântica situa-se atualmente sob a Islândia; esta dorsal encontra-se em expansão à velocidade de vários centímetros por século.
Na litosfera oceânica, os limites divergentes são típicos da dorsal oceânica, incluindo a dorsal meso-atlântica e a dorsal do Pacífico oriental; na litosfera continental estão tipificados pelas zonas de vale de rift como o Grande Vale do Rift da África Oriental. Os limites divergentes podem criar zonas de falhamento maciço no sistema de dorsais oceânicas. A velocidade de expansão nestas zonas geralmente não é uniforme; em zonas em que blocos adjacentes da dorsal se deslocam com velocidades diferentes, ocorrem grandes falhas transformantes. Estas zonas de fratura, muitas delas designadas por um nome próprio, são uma das principais origens dos terremotos submarinos. Um mapa do fundo oceânico mostra um estranho padrão de estruturas constituídas de blocos separadas por estruturas lineares perpendiculares ao eixo da dorsal. Se olharmos para o fundo oceânico entre estas zonas de fratura como se de uma banda transportadora se tratasse, a qual afasta a crista de cada um dos lados do rift da zona média em expansão, este processo torna-se mais evidente. As cristas dispostas paralelamente ao eixo de rift encontram-se situadas a maior profundidade e mais afastadas do eixo, quanto mais antigas forem (devido em parte à contração térmica e à subsidência).
Foi nas dorsais oceânicas que se encontrou uma das evidências chave que forçou a aceitação da hipótese de expansão dos fundos oceânicos. Levantamentos aeromagnéticos (medições do campo magnético terrestre a partir de um avião), mostraram um estranho padrão de inversões magnéticas em ambos lados das cristas e simétricas em relação aos eixos destas. O padrão era demasiado regular para ser apenas uma coincidência, uma vez que as faixas de cada um dos lados das dorsais tinham larguras idênticas. Havia cientistas que tinham estudado as inversões dos pólos magnéticos na Terra e fez-se então a ligação entre os dois problemas. A alternância de polaridades naquelas faixas tinha correspondência direta com as inversões dos pólos magnéticos da Terra. Isto seria confirmado através da datação de rochas provenientes de cada uma das faixas. Estas faixas fornecem assim um mapa espaço-temporal da velocidade de expansão e das inversões dos pólos magnéticos.
Há pelo menos uma placa que não está associada a qualquer limite divergente, a placa das Caraíbas. Julga-se que terá tido origem numa crista sob o Oceano Pacífico, entretanto desaparecida, e mantém-se ainda assim em movimento, segundo medições feitas com GPS. A complexidade tectônica desta região continua a ser objeto de estudo.
Limites convergentes ou destrutivos:
A natureza de um limite convergente depende do tipo de litosfera que constitui as placas em presença. Quando a colisão ocorre entre uma densa placa oceânica e uma placa continental de menor densidade, geralmente a placa oceânica mergulha sob a placa continental, formando uma zona de subducção. À superfície, a expressão topográfica deste tipo de colisão é muitas vezes uma fossa, no lado oceânico e uma cadeia montanhosa do lado continental. Um exemplo deste tipo de colisão entre placas é a área ao longo da costa ocidental da América do Sul onde a placa de Nazca, oceânica, mergulha sob a placa Sul-americana, continental. À medida que a placa subductada mergulha no manto, a sua temperatura aumenta provocando a libertação dos compostos voláteis presentes (sobretudo vapor de água). À medida que esta água atravessa o manto da placa sobrejacente, a temperatura de fusão desta baixa, resultando na formação de magma com grande quantidade de gases dissolvidos. Este magma pode chegar à superfície na forma de erupções vulcânicas, formando longas cadeias de vulcões para lá da plataforma continental e paralelamente a ela. A cadeia montanhosa dos Andes apresenta vulcões deste tipo em grande número. Na América do Norte, a cadeia de montanhas de Cascade, que se estende para norte a partir da Sierra Nevada na Califórnia, é também deste tipo. Este tipo de vulcões caracteriza-se por apresentar alternância de períodos de dormência com erupções pontuais que se iniciam com a expulsão explosiva de gases e partículas finas de cinzas vulcânicas vítreas, seguida de uma fase de reconstrução com magma quente. A totalidade do limite da placa do Pacífico apresenta-se cercada por longas cadeias de vulcões, conhecidos coletivamente como Círculo de Fogo do Pacífico.
Onde a colisão se dá entre duas placas continentais, ou elas se fragmentam e se comprimem mutuamente ou uma mergulha sob a outra ou (potencialmente) sobrepõe-se à outra. O efeito mais dramático deste tipo de limite pode ser visto na margem norte da placa Indiana. Parte desta placa está a ser empurrada por baixo da placa Euro-asiática, provocando o levantamento desta última, tendo já dado origem à formação dos Himalaia e do planalto do Tibet. Causou ainda a deformação de partes do continente asiático a este e oeste da zona de colisão.
Quando há convergência de duas placa de crosta oceânica, tipicamente ocorre a formação de um arco insular, à medida que uma placa mergulha sob a outra. O arco é formado a partir de vulcões que eruptam através da placa sobrejacente à medida que se dá a fusão da placa mergulhante. A forma de arco aparece devido à esfericidade da superfície terrestre. Ocorre ainda a formação de uma profunda fossa submarina em frente a estes arcos, na zona em que o bloco descendente se inclina para baixo. Bons exemplos deste tipo de convergência de placas são as ilhas do Japão e as Ilhas Aleutas, no Alasca.
Causas do movimento das placas:
Conforme foi referido acima, as placas movem-se graças à fraqueza relativa da astenosfera. Pensa-se que a fonte da energia necessária para produzir este movimento seja a dissipação de calor a partir do manto. Imagens tridimensionais do interior da Terra (tomografia sísmica), mostram a ocorrência de fenômenos de convecção no manto. A forma como estes fenômenos de convecção estão relacionados com o movimento das placas é assunto de estudos em curso bem como de discussão. De alguma forma, esta energia tem de ser transferida para a litosfera de forma a que as placas se movam. Há essencialmente duas forças que o podem conseguir: o atrito e a gravidade.

Atrito:
Atrito do manto: As correntes de convecção do manto são transmitidas através da astenosfera; o movimento é provocado pelo atrito entre a astenosfera e a listosfera.
Sucção nas Fossas: correntes de convecção locais exercem sobre as placas uma força de arrasto friccional, dirigida para baixo, em zonas de subducção nas fossas oceânicas.

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